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Diretor da Fiems registra estado precário de ponte e estrada na barragem da Cesp

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31/03/2011 17h31 – Atualizado em 31/03/2011 17h31

A ponte foi construída durante a década de 1960 e inaugurada em 1970

Fiems

O diretor da Fiems, Paulo Rímoli, apresentou nesta quinta-feira (31/03), durante reunião mensal da Diretoria do Sistema Indústria, relatório em que evidencia o estado precário de conservação de trecho da BR-262 e da ponte da barragem da Usina de Jupiá, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo.

O empresário do setor de embalagens em Três Lagoas fotografou os locais que apresentam desgastes acentuados em vários trechos da pavimentação.

Ao tomar conhecimento do problema, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, informou que vai encaminhar cópias da apresentação feita pelo diretor Paulo Rímoli ao DNIT, ao governador André Puccinelli e ao secretário estadual de Obras Públicas e de Transportes, Wilson Cabral, solicitando providências.

Segundo Paulo Rímoli, a segurança de quem passa pelo local também é prejudicada pela falta de acostamento. “Acostamento não existe e os desgastes estão por todos os lados.

No local também fizeram umas ações com pedras para contenção da barragem, mas que, por causa do mal estado, podem ser levados de uma vez, agravando a condição do local”, registrou.

Projeto esquecido

Ainda de acordo com o relato do diretor da Fiems, a ponte construída durante a década de 1960 foi inaugurada em 1970. “O seu projeto deve ter sido elaborado lá pela década de 50, quando nem existiam caminhões trukcs. As fotos apresentadas talvez não revelem a deterioração do concreto, pois o vazamento de água está comprometendo toda a estrutura”, disse, acrescentando que na época estava prevista a construção de uma ponte rodoferroviária, mas a rotina de travessia de um Estado para outro deixou o projeto esquecido.

“Quando a barragem foi inaugurada optaram por usá-la como travessia de Mato Grosso Sul a São Paulo e vice versa. O tempo passou e tornou-se cômoda a travessia em cima da barragem e esqueceram a construção de outra ponte”, contou Paulo Rímoli, reforçando que a construção de uma ponte rodoviária sobre o Rio Paraná, que interligará os municípios de Três Lagoas a Castilho (SP), é um projeto comentado desde 2001, mas que até agora não saiu do papel.

Preocupação

Ele destaca que, quando o DNIT é procurado, informa que a obra está sendo licitada, mas até o momento não se vê nada, nenhum movimento. “A população desta região está preocupada, pois a natureza está nos pregando muitas peças e algo de terrível pode acontecer. Segundo os entendidos, uma catástrofe não está descartada”, alertou.

O diretor da Fiems revela que já conversou com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e foi informado sobre o tráfego é intenso, o que coloca em risco a segurança de motoristas e funcionários da usina. “Conversei com o Silvio Costa, que é inspetor da PRF em Três Lagoas, e ele informou que hoje a barragem funciona como uma pista simples, de mão dupla, iluminada, mas sem acostamento.

Ele também contou que a barragem costuma apresentar tráfego bastante lento em horários de pico e que a média de acidentes atinge a marca de 10 por mês”, pontuou.

O Inspetor da PRF ainda informou ao diretor da Fiems que a média diária de veículos que trafegam pela barragem chega a 14 mil no período das 7 às 19 horas. “Segundo o Inspetor Silvio Costa, cerca de 2 mil veículos grandes, como caminhões, carretas e bitrens, passam pelo local”, disse Paulo Rímoli, acrescentando que também conversou com a assessoria de imprensa da CESP, que revelou que “vê com bons olhos a construção de uma ponte”.

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