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Despreparados, EUA reagiram no improviso, diz comissão do 11/9

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22/08/2011 15h23 – Atualizado em 22/08/2011 15h23

Parlamentares entrevistaram 1.200 pessoas ao longo de dois anos. Trabalho iniciado em 2002 foi a maior investigação sobre os atentados.

G1

“Em 11 de setembro de 2001, 19 homens armados com facas, estiletes e gás de pimenta penetraram os sistemas de defesa da nação mais poderosa do mundo. Eles causaram traumas insuportáveis no nosso povo e viraram a ordem internacional de cabeça para baixo”. Assim começa o texto de apresentação da maior investigação oficial sobre os atentados terroristas que deixaram cerca de 3 mil mortos nos Estados Unidos, o relatório da Comissão Nacional sobre os ataques terroristas aos Estados Unidos.

Liderado por 5 congressistas republicanos e 5 democratas, este grupo de cerca de 80 pessoas foi reunido um ano após os ataques trabalhou por dois anos até chegar às conclusões mais completas sobre o evento. A comissão analisou 2,5 milhões de páginas de documentos e entrevistou mais de 1.200 pessoas, entre especialistas e representantes do governo e instituições oficiais.

Em 2004, três anos após os ataques, a comissão divulgou seu relatório final. O documento completo foi publicado com mais de 450 páginas e abordava desde as origens do terrorismo contra os Estados Unidos até os mais completos detalhes que conseguiram reunir para entender como os atentados foram planejados e realizados.

Entre as principais conclusões, os parlamentares envolvidos na comissão de investigação apontaram o despreparo do governo norte-americano para lidar com atentados daquela magnitude. Eles indicavam que o caminho para ter uma maior segurança passava por uma maior integração entre agentes de segurança e uma ação militar coordenada para minar a força dos terroristas.

“Algumas pessoas compararam este momento ao choque que sentimos em Pearl Harbor, outros ao assassinato de Kennedy. Não há comparações. Este foi um momento único em nossa longa história”.

Despreparados

“Naquele dia de setembro, nós estávamos despreparados. Não percebemos a magnitude da ameaça que estava se formando na época. Como detalhamos em nosso relatório, houve uma falha de política, de administração, de capacidade e -acima de tudo – uma falha de imaginação”.

O relatório admite que tem o benefício do olhar em perspectiva, e que fica fácil perceber as falhas depois que elas aconteceram.
Entre as principais oportunidades perdidas que poderiam ter evitado o atentado, a comissão aponta: A falta de controle na entrada de terroristas já conhecidos nos EUA; a falta de alerta após a prisão de um terrorista que se dizia interessado em aprender a pilotar para usar aviões como armas; a incapacidade de proibir a entrada nos EUA de terroristas com documentos adulterados; a não inclusão de suspeitos de terroristas em listas que proíbem de voar nos EUA.

“O governo dos Estados Unidos simplesmente não foi ativo o suficiente no combate à ameaça terrorista antes do 11/9”.

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