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Corpo de jornalista assassinado em Ponta Porã é enterrado

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06/10/2012 08h06 – Atualizado em 06/10/2012 08h06

Corpo de jornalista assassinado em Mato Grosso do Sul é enterrado

Luciano Nascimento, Agência Brasil

O corpo do empresário e diretor do Jornal da Praça, Luiz Henrique Georges, conhecido como Tolu, foi sepultado ontem (5) à tarde. Ele foi executado com vários tiros de fuzil por volta das 16h de quinta-feira na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Também foi assassinado Neri Vera, segurança do jornalista. Tolu havia comprado o jornal recentemente e ocupava o cargo de diretor da publicação.

Os assassinatos ocorreram quando Tolu seguia pela Avenida Brasil, no centro da cidade, dirigindo uma caminhonete. O terceiro ocupante do veículo, Ananias Duarte, foi socorrido com vida e está internado no Hospital Municipal de Ponta Porã. Seu quadro é considerado estável. Os tiros foram disparados pelos ocupantes de outra caminhonete, que não foram identificados. A suspeita é que tenham fugido para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que faz fronteira com Ponta Porã.

O crime aconteceu a 100 metros do local em que foi morto, no dia 12 de fevereiro deste ano, o editor do mesmo Jornal da Praça, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos, conhecido como Paulo Rocaro.

Tolu era sobrinho de Fahd George, que já foi conhecido como o “rei da fronteira”. Fahd ou Fuad, como também é chamado, foi condenado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e sonegação fiscal. Em maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) extinguiu os processos contra Fahd por falta de provas.

O duplo homicídio e a tentativa de morte contra Ananias Duarte estão sendo investigados no 1º Distrito Policial pelo delegado titular Clemir Vieira Junior e também pelo delegado plantonista Odorico de Mendonça Mesquita, o mesmo que é responsável pelo inquérito que apura a morte do jornalista Paulo Rocaro.

No Congresso Nacional, tramita o Projeto de Lei PL 1.078/2011 que transfere à esfera federal a responsabilidade de apurar os crimes cometidos contra jornalista no exercício da atividade.

De autoria do deputado federal Protógenes Queiroz, o projeto de lei confere à Polícia Federal a responsabilidade por investigar crimes contra jornalistas que as autoridades estaduais não conseguirem esclarecer em 90 dias, transferindo também o julgamento para a Justiça Federal.

Atualmente, o chamado deslocamento de competência já ocorre para crimes contra os direitos humanos, instituído pela Emenda Constitucional 45/2004.

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