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Veterinária de MS que teve mandato de presidente cassado vai recorrer

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21/12/2012 14h30 – Atualizado em 21/12/2012 14h30

Profissional defendia o tratamento de animais com leishmaniose. Em nota, ex-presidente diz ter falado ‘apenas a verdade’.

Da Redação

A médica veterinária Sibele Cação, que teve o mandato de presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária em Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) cassado, informou que vai recorrer judicialmente da decisão em nota enviada ao G1 nesta sexta-feira (21).

O mandato da ex-presidente foi cassado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) na última segunda-feira (17). Na decisão, o órgão alegou que a veterinária foi a público para defender e incentivar o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina, por meio de entrevistas concedidas à imprensa, e também de divulgação do assunto nos portal da instituição na internet.

Ainda segundo o CFMV, o posicionamento adotado pela veterinária contrariou os aspectos técnicos do tema e confrontou o papel institucional e social do órgão.

Em nota, a médica afirmou que se sentiu injustiçada e esclareceu que, em seus pronunciamentos a respeito do tratamento da doença, “falou apenas a verdade” de acordo com os conhecimentos que adquiriu ao longo de anos de estudos e de participações em seminários, simpósios, palestras, fóruns e congressos.

O Ministério Público Federal (MPF-MS) representou contra o mandato da ex-dirigente após a repercussão do caso do cachorro Scooby, que ficou conhecido após sofrer maus tratos. Ele foi acorrentado e puxado pelos donos, que estavam em uma motocicleta, por aproximadamente 4 quilômetros e teve lesões musculares e ferimentos nas patas.

Após passar por exames, Scooby foi diagnosticado com Leishmaniose Visceral Canina. A prefeitura de Campo Grande autorizou que o vira-lata fosse submetido a um tratamento para a doença. A ex-presidente do CRMV-MS se responsabilizou pelo cão e pelo tratamento.

RECOMENDAÇÃO

O Ministério da Saúde recomenda a eutanásia dos animais com leishmaniose, uma vez que, mesmo em tratamento, ou após o tratamento, os cães continuam contaminando os vetores que transmitem a doença. A assessoria de imprensa do órgão informou ao G1 que não reconhece nenhum tipo de tratamento para cães ou para outros animais domésticos com leishmaniose e que não existe registro no país de drogas de uso veterinário utilizados para o combate à doença.

Em Campo Grande, o combate a leishmaniose é feito pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – os agentes borrifam veneno nas residencias para eliminar o mosquito transmissor. Eles também coletam amostras de sangue dos animais e, se o diagnóstico for positivo, é feita uma contraprova e, caso o resultado seja o mesmo, o animal é sacrificado.

SCOOBY

Segundo informações da veterinária Sibele Cação, Scooby foi entregue ao CCZ em Campo Grande nesta quarta-feira (19). A veterinária protocolou um pedido de adoção do vira-lata no próprio órgão.

Cação informou ainda que espera que o resultado para pedido de adoção saia o mais rápido possível porque, desde que foi levado para o local, o cão está sem medicação e pode ter pioras em seu quadro de saúde.

(*) Com informações de G1 MS

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