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Insatisfeitos operários da UFN3 param obra da Petrobras em Três Lagoas

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16/01/2013 18h12 – Atualizado em 16/01/2013 18h12

Paralisação dos operários pode comprometer o cronograma da obra

Diferença de piso salarial, condições dos alojamentos precárias, são as principais reivindicações dos operários que deflagram greve por tempo indeterminado

Ricardo Ojeda

De acordo com o dirigente sindical, Valdemir Oliveira, representante da CUT (Central Única dos Trabalhadores), os operários estão descontentes com várias situações, principalmente as condições dos alojamentos, questão do piso salarial. A insatisfação que deflagrou o movimento foi o aumento do piso salarial aos operários do setor de montagem, excluindo os trabalhadores que atuam no setor da construção civil.

Além disso, os manifestantes não querem mais ser representados pelos sindicatos ligados à Força Sindical, por acharem que não estão sendo representando como deveria pela entidade.

VEJA VÍDEO DA GREVE

MOTIVOS

Um dos motivos que desagradou à classe ocorreu com a distribuição de um boletim informativo feitos por dois sindicatos, Sintiespav e Sintricom, ligados à Força Sindical, onde enumera as conquistas e benefícios negociados pelas duas entidades com os representantes das empresas que tocam a obra do fabrica de fertilizantes da Petrobras.

O informativo (veja a cópia do informativo nessa reportagem) traz publicada a faixa salarial de algumas categorias, em detrimento das outras que não obtiveram aumento nas negociações.

MOTIVOS

Um dos motivos que desagradou à classe ocorreu com a distribuição de um boletim informativo feitos por dois sindicatos, Sintiespav e Sintricom, ligados à Força Sindical, onde enumera as conquistas e benefícios negociados pelas duas entidades com os representantes das empresas que tocam a obra do fabrica de fertilizantes da Petrobras.
O informativo (veja a foto) traz publicada a faixa salarial de algumas categorias, em detrimento das outras que não obtiveram aumento nas negociações.

COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO

De acordo com o representante da CUT, eles não voltarão ao trabalho enquanto as reivindicações não forem atendidas pelos representantes da empresa. Como a lista de exigências é extensa, os trabalhadores, junto com a CUT vão constituir uma comissão para negociar com as empresas. “Enquanto não chegarem a um acordo que satisfaça a categoria, o movimento de paralisação prossegue”, disse um dos manifestantes.

MOVIMENTO PACÍFICO

O movimento começou no tarde de terça-feira e ganhou adesão dos trabalhadores do complexo. Na madrugada desta quarta-feira, eles se concentraram em frente ao portão de onde está sendo construído o complexo industrial, inclusive ameaçaram fechar a rodovia BR 158, mas não houve adesão devido o protesto ser pacífico.

A CUT disponibilizou um carro de som que ficou estacionado no local onde aconteceu a concentração. Lanches foram servidos aos trabalhadores e vários ônibus foram colocados à disposição para levá-los aos alojamentos.

VIA CRUCIS

A reportagem do Perfil News esteve no escritório do Consórcio UFN3 no centro da cidade, mas quando chegou, as portas e janelas foram fechadas por funcionários que não quiseram se identificar. Após esperar por mais de 30 minutos uma funcionaria abriu a janela para informar que só quem poderia prestar qualquer tipo de esclarecimento era a Assessoria de Imprensa da Petrobras.

O Perfil News tentou entrar em contato com a assessoria de Imprensa da Petrobras, que atende a obra em Três Lagoas, mas não obteve êxito. Diante disso a reportagem entrou em contato com a sede da estatal no Rio de Janeiro, que através da assessoria de Imprensa, disse que qualquer informação referente à greve é de competência da UFN3, inclusive informando o telefone celular da assessora de Imprensa do Consórcio, Andréia Mello.

Ela informou que o Consórcio UFN3 não tem no momento nenhum posicionamento sobre a situação, devido desconhecer os motivos e as reivindicações dos grevistas. Andréia disse ainda que só terá uma posição à imprensa quando se reunir com o comando de greve, que poderá acontecer na manha de quinta-feira.

Indagada se o cronograma da obra estava atrasada, ela se declinou de responder, dizendo que a pauta do momento era sobre a paralisação.

CRONOGRAMA ATRASADO

Mas, de acordo com informações extra-oficiais, a obra, prevista para ser concluída em setembro de 2014, está atrasada e já foram gastos cerca de R$ 500 milhões. O principal motivo do atraso deve a falta de mão de obra qualificada, além de outras situações que a reportagem ainda está apurando.

RESCISÃO CONTRATUAL

Informações extra-oficiais constam ainda que a Petrobras pode até cancelar o contrato com o Consórcio UFN3, alegando prejuízos bem como vários problemas ocorridos até então. A empresa que poderá assumir o comando da obra, possivelmente poderá ficar a cargo do Consórcio Sinopec.

PORTA VOZ

Para saber sobre essa informação e sobre a posição da Petrobras da paralisação, fonte ligada ao escritório da empresa em Três Lagoas, informou ao Perfil News que a jornalista Marcele Arouca, da Sato Comunicação era a única autorizada para falar com a imprensa. Em contato com Sato Comunicação, a jornalista solicitou ao Perfil News que encaminhasse um oficio, via e-mail para documentar o pedido. Devido ao atraso para publicação da matéria o diretor do site não enviou o oficio, limitando a publicar as informações extra-oficiais.

OBRA DO PAC

A fábrica de fertilizantes nitrogenados faz parte do Plano de Negócios 2011/2015 da Petrobras para a área de fertilizantes. Depois de concluída terá capacidade de produzir 1,21 milhão de toneladas de uréia e 81 mil toneladas de amônia anualmente. Será a maior fábrica deste segmento da América Latina. Na construção o complexo serão investidos R$ 3,9 bilhões, bancado com recursos da Petrobras, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).













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