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Queima de drogas impede PF de Três Lagoas de entrar em greve

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07/02/2014 10h31 – Atualizado em 07/02/2014 10h31

Em todo o País, os policiais federais realizaram ato público como forma de protestar pela falta de infraestrutura e condições de trabalho, além da reestruturação salarial e da carreira; em Três Lagoas, a incineração de drogas impediu o efetivo de participar do movimento

Léo Lima com assessoria

Na manhã desta sexta-feira (07), cerca de 9 mil policiais federais em todo o País realizaram ato público para protestar pelo posicionamento do governo federal em não atender a categoria, no que se refere a reestruturação salarial e da carreira, assim como falta de infraestrutura e condições de trabalho.

Em Três Lagoas, o efetivo da Delegacia não participou do ato, que deveria acontecer por volta das 9 horas, por causa da incineração de drogas que aconteceu no mesmo horário. Segundo informações de fonte da PF local, na próxima terça-feira (11) agentes, escrivães e papiloscopistas da delegacia vão doar sangue como forma de participar do protesto nacional.

Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada na tarde de quinta-feira (06), no Sindicato da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul (Sinpef/MS), foi aprovado o calendário de mobilização da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e o indicativo de greve.

Como forma de protesto, foi programado ato público denominado ” Dia do Algemaço – pendurando as algemas”, para esta sexta em frente as Superintendências Regionais e Delegacias da Polícia Federal.

Os escrivães, Papiloscopistas e Agentes de Polícia Federal penduraram as algemas protestando pelo boicote do governo federal aos Policiais Federais e a Instituição PF.

SEM CONDIÇÕES

O presidente do Sinpef/MS, Jorge Caldas, disse que as delegacias da polícia federal de Corumbá, Ponta Porã e Naviraí estão sucateadas e têm estrutura precária. “Não tem cela apropriada para mulher, os veículos apreendidos ficam deteriorando na frente das delegacias por burocracia judicial, o descaso é total”, diz. Ele cita também falta de efetivo necessário para realização de todos os trabalhos.

Além dos problemas estruturais, os policiais que trabalham na região da fronteira se sentem desmotivados. Projeto de lei 47/2013, que dá benefícios aos policias que trabalharem em fronteiras, foi aprovado em setembro pelo Congresso Nacional, mas não foi sancionado e nem regulamentado pela presidenta Dilma até agora.

“Não há benefício, eles estão desmotivados. E não são só os da fronteira que ficam desmotivados, mais de cem policiais federais no Brasil deixaram o cargo no ano passado. O número de policiais federais que se suicidaram em 2013 é maior que o número de mortos por enfrentamento policial.

Caldas coloca que o Governo Federal não investe na classe, destacando o sucateamento, problemas rotineiros e a falta de reestruturação salarial e da carreira, como principais empecilhos sofridos pelos policiais.

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