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Acusado de matar policial nega crime e diz que fugiu por medo de morrer

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21/02/2014 09h45 – Atualizado em 21/02/2014 09h45

Ele foi interrogado pela Justiça nesta quinta-feira e está em liberdade. Crime aconteceu em junho de 2013, em Campo Grande

Da Redação

José Moreira Freires, um dos acusados de executar a tiros o delegado de Polícia Civil aposentado, Paulo Magalhães de Araújo, em 2013, em Campo Grande, disse nesta quinta-feira (20), em juízo, que fugiu por medo de ser morto. Ele nega o crime.

O advogado dele, Renê Siufi, afirma que não há provas contra o guarda-municipal. “No dia do crime ele estava na casa de um rapaz que prestava serviços como segurança e depois no hospital”, diz.

Durante interrogatório na 2ª Vara do Tribunal do Júri, o réu declarou que estava trabalhando como guarda-municipal e uma pessoa foi ao local e lhe disse que ele seria morto. “Não quis pagar para ver. Encostei o portão e abandonei o serviço”, declarou, afirmando desconhecer o homem que lhe deu o aviso.

FREIRES

Freires também falou que a intenção dele era procurar um advogado e que soube pela impressa que estava sendo procurado, acusado pela morte do policial aposentado. “Fui me ausentar para ver o que tinha contra mim”, afirmou.

O réu declarou ainda ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, aos advogados e ao Ministério Público Estadual (MPE), que tentou contratar advogado, mas foi a esposa quem oficializou a contratação.

Questionado pelo Ministério Público Estadual (MPE) sobre o envolvimento dele com jogo do bixo, respondeu que não tem ligação nenhuma e que somente havia trabalhado em uma casa de jogos como manobrista e atendente.

OUTROS RÉUS

Freires foi interrogado sem a presença do outro réu pelo crime, Antonio Benitez Cristaldo, que, conforme o advogado Givanildo de Paula, também não participou do homicídio. “Absolutamente o Antônio não tem participação”. Quando esta reportagem foi publicada, Cristaldo, estava sendo ouvido em juizo, conforme informado pela assessoria de imprensa do Poder Judiciário.

Cristaldo e Freires acompanharam, também nesta quinta-feira, depoimento de três testemunhas de defesa. A previsão era de mais três fossem ouvidas, mas elas foram dispensadas pelos advogados.

Uma das testemunhas disse que jogava baralho na mesma casa em que estava Cristaldo e as demais falaram que são vizinhas de Freires, que ele mora em uma chácara modesta que comprou já com uma casa simples, uma piscina pequena e tanques de peixe.

O CRIME

O delegado aposentado foi executado dentro do carro, no dia 25 de junho, a poucos metros da escola da filha. Ele iria buscar a criança quando foi alvejado.

A Polícia Civil concluiu que o crime foi praticado por três homens: Freires, Cristaldo e um terceiro que foi encontrado morto no fim do ano passado. Os dois primeiros se apresentaram à polícia dias depois de terem tido a prisão decretada, mas foram soltos por determinação judicial.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também atua como acusação do caso.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a audiência desta quinta-feira, foi finalizada a fase de instrução, que inclui oitiva de testemunhas. Agora, a defesa e a acusação terão prazo para apresentar as alegações finais. Depois disso, o juiz analisa os elementos e decide se manda os acusados a júri popular, se impronuncia ou se pede mais investigações.

(*)Com informação de G1 MS

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