11/04/2014 17h38 – Atualizado em 11/04/2014 17h38
Simpático na recepção e direto nas respostas, com cerca de 40 anos “de estrada”, Yasuda avaliza como excelente a estrutura do Arena Mix, condicionando tal feito aos esforços e ao trabalho da organização desta etapa (abertura) do evento
Léo Lima
Com o semblante carregado de prazer em estar fazendo aquilo que gosta, com o sorriso sempre à mostra, e respondendo com propriedade aos questionamentos do pessoal da reportagem do Perfil News, o diretor-consultor da Honda Wilson Kenji Yasuda, chefe de competições das equipes da escuderia, não poupou elogios ao tratar a respeito do trabalho da organização da etapa três-lagoense do Campeonato Brasileiro de Motocross, sob responsabilidade do promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira e do jornalista Ricardo Ojeda, para estruturar o evento.
Embasado no evento no ano passado – quando Três Lagoas sediou a segunda etapa do campeonato -, Wilson Yasuda comparou: “muito melhor [a estrutura] este ano”. Inclusive, destacou o conforto do espaço para atender as equipes, com área para estacionamento, abastecimento de energia elétrica e água, banheiros com chuveiros (quentes), restaurante, boxes asfaltados.
OPINIÃO
Com as melhorias feitas pela organização no que se refere à nova pista e melhorias na estrutura do espaço, Wilson Yasuda garante que o Arena Mix tem condições de sediar etapa mundial do campeonato. Mas, adverte que para isso tem-se que ter experiência. Com isso, sugere que, primeiramente, os organizadores lutem por trazer uma etapa do latino-americano.
O motocross brasileiro evoluiu nos últimos anos e muito se deve a Wilson Yasuda. Por mais de 20 anos, o paulista com descendência asiática atuou como chefe de competições das equipes Honda. Com uma vida dedicada ao motociclismo, Yasuda não poupou esforços para fazer do esporte, uma modalidade cada vez melhor e, cerca de dois anos, trabalha prestando consultoria a Honda do Brasil. Uma lenda viva do motociclismo nacional.
De acordo com entrevista concedida ao site Zuun.motorcycles, em junho de 2013, Yasuda trabalhou na Honda durante 40 anos. Começou muito jovem, na área técnica, onde desenvolveu uma série de equipamentos importantes.Trabalhou também no Hollywood Motocross (famoso campeonato da década de 80), depois auxiliou os campeonatos brasileiros e estaduais, buscando uma maneira de colaborar com o crescimento do esporte. “Nós somos responsáveis, por exemplo, por criar essa categoria MX3, porque achávamos que o piloto com mais experiência, com mais idade, poderia ter uma oportunidade de participar de eventos novamente, “curtindo” um pouco mais. Com todos esses acontecimentos, a moto se tornou essencial para a minha vida”, revelou.
MUNDIAL
“Os campeonatos do Brasil são diferentes do AMA Supercross e mundial de Motocross, por exemplo, que contam com um número muito grande de pilotos e possuem um foco muito grande nesse trabalho”, observou Yasuda.
Para ele, no exterior, existem grandes marcas que se tornam parceiras. Isso faz com que o esporte se valorize e tome proporções bem maiores do que aqui. ”No Brasil, pouca gente sabe da quantidade de competições existentes, e são raros aqueles que conhecem bem os pilotos. Na Europa ou Estados Unidos, os competidores são tratados como estrelas e são muito valorizados. Lá fora, o público é muito maior”, avaliou.
“Nós tivemos uma proposta de um promotor europeu que vislumbrou que o Brasil poderia ser um potencial país para realizar uma etapa do mundial. Eles queriam sair um pouco da Europa, porque o continente estava passando por uma dificuldade muito grande, foi então que a Honda, como patrocinador principal, teve a oportunidade de trazer o Mundial para o Brasil desde o ano de 2010. Nos orgulhamos muito desta iniciativa”, confessou.
Ao final da entrevista ao Perfil News, na manhã desta sexta-feira (11), no Arena Mix, Wilson Yasuda tornou a garantir que vai apoiar a iniciativa de Antônio Carlos e Ojeda em trazer para Três Lagoas grandes eventos na modalidade.
