24/05/2014 09h34 – Atualizado em 24/05/2014 09h34
Setor prevê aeroportos alternados em caso de impossibilidade de voo por más condições climáticas
Da Redação
Para atender à demanda de passageiros durante a Copa do Mundo, as companhias aéreas solicitaram voos extras, remanejaram trechos que terão queda de demanda no período de jogos (por conta da redução no número de viagens corporativas) e estão disponibilizando mais de 67 mil voos nos dias de jogos. Outra medida foi antecipar a manutenção programada das aeronaves para que a maior parte da frota, composta por mais de 500 aviões, esteja disponível no evento.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também tem acompanhado a conclusão das obras e início de operações dos novos aeroportos. “O setor aéreo brasileiro está habituado a lidar com grandes volumes de passageiros, como vimos nos últimos feriados prolongados que tivemos no país, no Carnaval e no fim de ano, e com capacidade de operação reduzida por conta das obras nos aeroportos”, explica o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. “As companhias vêm trabalhando em conjunto com autoridades e empresas do setor para que as mudanças nos terminais estejam concluídas dentro dos prazos determinados. Esperamos que, na Copa, a capacidade dos aeroportos seja plena para garantir o bom andamento do evento”, completa.
O setor aéreo também está atento às questões meteorológicas. A Abear, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os órgãos de controle do espaço aéreo, a Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) e a Infraero trabalham em conjunto em um plano de contingência que prevê aeroportos alternados no caso de impossibilidade de pouso ou decolagem em terminais que estão mais expostos a intempéries comuns no inverno, como é o caso do Salgado Filho (Porto Alegre), Afonso Pena (Curitiba), Guarulhos e Congonhas (São Paulo).
“No caso de impossibilidade de pousos e decolagens em decorrência de questões que comprometam a segurança de voo, que é premissa do setor, o plano considera como principais opções os aeroportos mais próximos”, explica Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Abear. As companhias concentrarão as operações da Copa em 25 aeroportos, sendo 12 nas cidades-sede e outros 13 nas proximidades. “O plano considera principalmente o atendimento à necessidade de deslocamento dos passageiros e a capacidade do aeroporto alternativo de receber aquele voo ou aquela aeronave”, afirma Jenkins. “Os planos adotados em conjunto por todo o setor têm trazido bons resultados para as operações aéreas”, conclui.
44 MIL PROFISSIONAIS VÃO ATUAR NOS SERVIÇOS DE SOLO
Com o aumento de voos entre as cidades-sede durante o período de jogos, as empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo – aqueles realizados em terra, como despacho e entrega de bagagem, abastecimento, limpeza, cathering (refeições), entre outros –, estão reforçando o contingente para atender ao volume de operações e o fluxo de torcedores nos aeroportos. O setor vai contar com 44 mil profissionais em 50 aeroportos brasileiros.
O diretor-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo (Abesata), Ricardo Miguel, reforça que o setor vem trabalhando em conjunto para o mundial. “Em parceria com as companhias aéreas e as administradoras de aeroportos, direcionamos os esforços para que as operações nos novos terminais representem um legado para a aviação”.
Miguel também falou da importância dos serviços auxiliares. Para ele, no mercado brasileiro, a terceirização dos processos de solo é favorável a todo o setor, já que concentra tarefas essenciais para o transporte de passageiros e de cargas. “Em um momento de popularização do transporte aéreo, as companhias devem se concentrar no seu negócio principal de levar e trazer passageiros. A internalização de procedimentos auxiliares de terra pode quadruplicar o custo das operações para uma companhia e o ideal é terceirizar esse processo”, conclui.
(*) Com informações de Agência CNT
