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Saúde confirma terceira morte por leishmaniose em Corumbá em 2014

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26/06/2014 12h26 – Atualizado em 26/06/2014 12h26

Homem de 59 anos morreu no dia 20, depois de uma semana internado. Conforme secretaria, Controle de Zoonoses fará ação em bairro da vítima

Da Redação

Mais uma morte por leishmaniose visceral foi confirmada em Corumbá, a 415 km de Campo Grande, pela Secretaria Municipal de Saúde.

A terceira vítima da doença em 2014 na cidade foi Constantino da Silva, que completou 59 anos de idade internado no Hospital de Caridade de Corumbá.

Ele morreu no dia 20 de junho, depois de uma semana internado. O peão, que trabalhava no Assentamento São Gabriel, chegou à cidade com muita tosse e febre, segundo a família, uma semana depois que apareceram os primeiros sintomas da doença.

No primeiro atendimento recebido pelo homem foi em uma clínica particular, mas em seguida ele teve de ser transferido para a Santa Casa. Uma das irmãs da vítima, Maria da Silva, diz que. Ainda segundo a família, o médico só descobriu a doença quando a vítima já estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital, uma semana depois de dar entrada na unidade.

“Ele [médico] estava fazendo exame e não estava achando nada. E eu fui ficando nervosa porque ele não tinha melhora”, informou.

Os familiares se queixam de não terem sido procurados por nenhum órgão público desde a morte dele. A família também reclama da demora em apresentar o diagnóstico.

“Se você ficar as contas ele foi internado dia 5 e morreu dia 20. Olha há quantos dias ele estava dentro de um hospital para descobrir isso nele. Um tratamento que poderia ter sido evitado. Hoje quem sabe ele poderia estar aqui com a gente”, disse Fátima do Espírito Santo, também irmã da vítima.

Segundo a Vigilância Epidemiológica de Corumbá, a doença só é detectada depois de dois exames. “O diagnóstico não é difícil. São dois tipos de exames para ser feito, que é punção de medula, feita a nível de hospital, e exame de sangue. No paciente que foi a óbito foi feita punção de medula e deu positivo na punção”, explicou Mariângela Capurro de Paula, coordenadora de Vigilância Epidemiológica.

Ela informou também que o tratamento já poderia ter sido iniciado se o médico tivesse suspeitado da doença no exame físico.

“Então, se o médico, ao examinar o paciente, já suspeitou de leishmaniose, ao apalpar já viou que está com fígado aumentado, baço aumentado e plaquetas mais baixas, ele pode sim iniciar o tratamento pelo exame físico”, explicou Mariângela.

MORTES

Antes da morte de Constantino, outras duas já haviam sido registradas na cidade por conta da leishmaniose. O primeiro óbito foi registrado janeiro e a vítima foi um bebê de oito meses. Em abril, um homem de 36 anos também morreu por causa da doença.

Depois da terceira morte, o Centro de Controle de Zoonoses afirmou que vai fazer uma ação de bloqueio no bairro em que Constantino morava. Em 2013, outros seis casos de leishmaniose foram confirmados em Corumbá, conforme a secretaria de saúde.

(*)Com informação de G1 MS

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