Início Notícias Estado Suspeita de cobrar propina de hospital em MS é transferida para presídio

Suspeita de cobrar propina de hospital em MS é transferida para presídio

0

27/06/2014 15h04 – Atualizado em 27/06/2014 15h04

Roberlayne Patrícia Alves estava presa na carceragem da PF. Ela foi presa após pedir dinheiro a hospital de Mato Grosso do Sul

Da Redação

Roberlayne Patrícia Alves, de 28 anos, que estava presa há dez dias na Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, em razão da suspeita de cobrar propina para liberar recursos para um hospital, foi transferida por volta das 10h20 desta sexta-feira (27) para o presídio feminino Irmã Irma Zorzi, no bairro Coronel Antonino.

A mulher teve uma solicitação de liberdade negada pela Justiça Federal no fim da semana passada. Ela foi flagrada recebendo cheques no valor de R$ 100 mil para liberação de emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão e de um acelerador linear para radioterapia avaliado em R$ 3,6 milhões. A negociação foi gravada pela Polícia Federal (PF) na terça-feira (17). A mulher já havia recebido R$ 50 mil por meio de depósito.

A defesa de Roberlayne entrou com pedido de habeas corpus na quinta-feira (26). A suspeita só recebeu visitas de duas advogadas contratadas na capital sul-mato-grossense para a defesa. A família da mulher é do interior de Minas Gerais.

APURAÇÃO

O caso começou a ser investigado em maio, quando o diretor do Hospital do Câncer foi a Brasília saber quando seriam liberados o equipamento e a verba. A funcionária falou sobre a propina e o homem acionou a PF. Tudo foi feito com autorização da Justiça Federal, inclusive as gravações e o depósito.

Roberlayne fez parte da equipe da Força Tarefa criada após denúncias de irregularidades evidenciadas na operação Sangue Frio. Um documento do Ministério da Saúde comprova que em maio de 2013 ela trabalhou por quatro dias em Mato Grosso do Sul.

A auditoria feita pelo grupo na época comprovou que a Santa Casa e o Hospital do Câncer prolongavam a quimioterapia para pacientes em estado terminal e identificou casos de pagamentos de procedimentos a pacientes mortos, além de que pessoas com câncer receberam doses menores de remédios do que as indicadas pelo médicos.

A suspeita foi desligada do Ministério da Saúde por determinação judicial. Caso consiga responder o processo em liberdade, ela também está proibida de frequentar a repartição pública até o fim do inquérito policial.

(*)Com informação de G1 MS

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.
Sair da versão mobile