29/07/2014 08h58 – Atualizado em 29/07/2014 08h58
Dois veículos furtados foram emplacados e vendidos a R$ 5 mil, diz polícia. Oito integrantes foram indiciados e presos; um suspeito ainda está foragido
Da Redação
Uma cadeia de receptadores foi presa pela Polícia Civil suspeita de furtar nove carros zero quilômetro de dentro de uma concessionária na avenida Costa e Silva, em Campo Grande, e vender alguns dos veículos. O pátio da empresa fica perto do terminal Morenão. O caso foi divulgado pela Polícia Civil na segunda-feira (28).
Dois dos nove automóveis foram recuperados e serão devolvidos à companhia. Os demais ainda não foram localizados. De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Gabriela Stainle, da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), os crimes foram cometidos com a ajuda de um funcionário da concessionária e tiveram a participação de mais oito pessoas.
Seis suspeitos estão presos, dois foram indiciados e responderão em liberdade e um dos integrantes da quadrilha continua foragido, segundo Gabriela. Segundo ela, os furtos teriam acontecido entre outubro de 2013 e março de 2014 e foram percebidos gradativamente pela empresa durante conferências de veículos no pátio. Os sumiços foram denunciados à polícia pela concessionária, que não quis comentar o assunto.
EMPLACAMENTO
Segundo a polícia, dois veículos foram emplacados no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran/MS) com nota fiscal falsa, foram revendidos para um empresário e para o filho dele.
“Um dos integrantes da quadrilha foi até a concessionária e comprou dois óleos automotivos. O grupo então adulterou a nota fiscal dessa compra e transformou-a em duas notas fiscais de compra de veículo. Os documentos falsos foram usados no Detran para emplacamento”, explicou Gabriela.
A delegada afirma que não há indícios de participação de funcionários do Detran no crime.
Os carros foram apreendidos com pai e filho e serão devolvidos. Ainda conforme a delegada, eles disseram que pagaram cerca de R$ 28 a 30 mil por cada carro, mas durante as investigações ficou comprovado que eles pagaram R$ 5 mil por cada veículo. “Está clara a receptação”, afirmou Gabriela.
Os integrantes da quadrilha foram indiciados por crimes como furto qualificado pelo abuso de confiança, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, receptação e associação criminosa. Apenas um dos integrantes do grupo não tinha passagem pela polícia.
(*)Com informação de G1 MS
