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Meio Ambiente manda trocar árvores da praça Ramez Tebet, no centro de Três Lagoas

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25/08/2014 10h06 – Atualizado em 25/08/2014 10h06

Meio Ambiente manda trocar árvores da praça Ramez Tebet

A ação seria para beneficiar os usuários do espaço público, permutando espécimes arbóreos que produzem mais sobra pelos que estavam plantados na praça

Léo Lima

A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, está realizando a troca de árvores na praça Ramez Tebet de modo a proporcionar aos usuários do espaço público mais sombra. Pelo menos, a princípio, é o que a reportagem do Perfil News soube, no local, a respeito da ação da administração municipal na praça.

Neste momento, equipes do setor de serviços públicos da administração municipal realiza a operação no local. Árvores da espécie “resedá”, que estavam plantadas no local, foram arrancadas e nas covas vão ser assentadas “quaresmeiras”. Cerca de 50 plantas dessa espécie mais robusta vão ser plantadas.

O fato de ver árvores sendo arrancadas causou indignação em alguns transeuntes, mas eram acalmados com a notícia de que a troca era por uma “boa causa”: mais sombra na praça.

Em contato com a Secretaria de Meio Ambiente, a informação era de que o secretário Nuna não se encontrava. Foi indicada a diretora Ana Paula Mendes Lima, do Departamento de Preservação, Licenciamento e Educação Ambiental para falar a respeito, mas até o fechamento deste texto não houve retorno.

RESEDÁ

No Brasil, a resedá é utilizada amplamente em arborização urbana. Por tratar-se de um arbusto conduzido facilmente reproduzido através de estaqueamento, foi tida como panacéia para o plantio em ruas com fiação elétrica. Como resultado, em algumas cidades esta espécie sozinha representa mais de 20 por cento das árvores em via pública. Assim, apresenta diversas desvantagens, como: grande quantidade de brotações emitidas em resposta a danos pequenos, como os causados por choques em roçada, formando “moitas”; grande suscetibilidade à infestação por ervas-de-passarinho (Loranthaceae) (se cultivada próxima a outras árvores de grande porte suscetíveis, pode atuar como fonte de infestação, aumentando os riscos de acúmulo de ervas em galhos grandes e conseqüentemente facilitando sua queda).

Por tratar-se de uma planta exótica que, além de ocorrer em quantidades excessivas, também não serve de recurso à fauna, seu plantio tem sido desencorajado em planos diretores desenvolvidos para diversas cidades brasileiras.

QUARESMEIRA

A quaresmeira é uma árvore de beleza notável, que encanta por sua elegância e exuberante floração. Seu porte geralmente é pequeno a médio, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. O tronco pode ser simples ou múltiplo, com diâmetro de 30 a 40 cm. As folhas são simples, elípticas, pubescentes, coriáceas, com nervuras longitudinais bem marcadas e margens inteiras. A floração ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera, despontando abundantes flores pentâmeras, simples, com estames longos e corola arroxeada, sendo que na variedade Kathleen estas se apresentam róseas. O fruto é pequeno, indeiscente, marrom, com numerosas sementes minúsculas, dispersadas pelo vento.

Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. Sua copa é de cor verde escura, com formato arredondado, e sua folhagem pode ser perene ou semi-decídua, dependendo da variação natural da espécie e do clima em que se encontra. Por suas qualidades, ela é uma das principais árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil, podendo ornamentar calçadas, avenidas, praças, parques e jardins em geral. Seu único inconveniente é a relativa fragilidade dos ramos, que podem se quebrar com ventos fortes, provocando acidentes. Com podas de formação e controle, pode-se estimular seu adensamento e mantê-la com porte arbustivo.

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