22/09/2014 19h25 – Atualizado em 22/09/2014 19h25

Delegacia Regional de TL identifica golpista que se passava por médico

Na ação, golpista pedia aos familiares quantias em dinheiro para a compra de supostos remédios

Larissa Lima

De Três Lagoas e do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, golpistas que agiam no estado de São Paulo foram identificados após investigações da Delegacia Regional de Polícia de Três Lagoas. A ação tinha como vítimas, parentes e familiares de pessoas que se encontravam internada em hospitais da capital paulista.

Se passando por médicos, os golpistas conseguiam o telefone de hospitais e em contato com familiares, pediam valores em dinheiro para custear remédios que não são cobertos pelos planos de saúde. Fragilizados, os parentes faziam o depósito em uma conta informada pelo farsante.

VÍTIMAS

Uma das vítimas, Raildo Pereira Lemos relatou à Polícia que no dia 16 de junho deste ano, recebeu no quarto de hospital em que sua esposa estava internada, se recuperando de uma cirurgia, uma ligação de um suposto médico que participou do procedimento.

Para o marido, o golpista disse que a paciente precisava tomar com urgência, um determinado medicamento para o pós-operatório e que havia conseguido o mesmo, com um desconto junto ao laboratório, no valor de R$ 1.370,00, que foi depositado. O golpe só foi constado no dia seguinte, após visita do verdadeiro médico.

A ocorrência foi registrada em São Paulo, na 5º Delegacia e após identificar que a conta era de uma agência da Caixa Econômica de Três Lagoas, o caso foi assumido pela Delegacia Regional local.
Wagner Pereira de Souza, de 27 anos, com passagens na Polícia por roubo, tráfico de drogas e violência doméstica, foi identificado após as investigações, que também descobriram que o autor, apo sacar a quantia, mudou-se de Três Lagoas, do bairro Interlagos para Corumbá.

Outra vítima, de 31 anos, também moradora de São Paulo, identificada como Juliana Nicolielo Mendes Peres, contou à Polícia que no dia 15 de maio deste ano, recebeu no quarto de sua filha que estava internada, a ligação de um médico que informou que um dos remédios a paciente precisava não havia sido coberto pelo plano. Como solicitado, a mãe depositou na conta de Três Lagoas, de uma suposta dona de laboratório, a quantia de R$ 2.860,00.

Este segundo golpe, segundo as investigações, partiu de um homem identificado como Ederson Romão dos Santos, de 30 anos, que fez a ligação de dentro do presídio de segurança máxima de Campo Grande. O detendo também é de Três Lagoas e cumpre pena por tráfico de drogas, porte ilegal de armas, desacato e dano. A conta em que foi depositado o dinheiro é de L.A.G.B., de 31 anos, esposa do preso que sacou o dinheiro e entregou para o marido.

Segundo a Delegacia Regional, todos os envolvidos serão responsabilizados após instauração do inquérito