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Novo estudo indica que planeta deve chegar a 11 bilhões de habitantes em 2100

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23/09/2014 09h59 – Atualizado em 23/09/2014 09h59

Ao contrário do que previam os especialistas em demografia, o estudo publicado revê estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), que estimavam estabilização em 9 bilhões após 2050

Da Redação

Novo estudo indica que o planeta tem alta probabilidade de ter 11 bilhões de habitantes no ano de 2100 – dois bilhões a mais do que as estimativas anteriores.

De acordo com a pesquisa, publicada na revista Science, com a aplicação de ferramentas estatísticas sofisticadas, a população mundial deve crescer sem parar até o fim do século XXI.

Ao contrário do que previam os especialistas em demografia, o estudo publicado revê estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), que estimavam estabilização em 9 bilhões após 2050.

Pelos novos dados, a maior parte da explosão populacional ocorrerá na África, que pode quadruplicar sua população e chegar ao fim do século com 4 bilhões de pessoas.

Atualmente, a população do planeta é de 7,2 bilhões de habitantes, e esperava-se que atingiria um pico de 9 bilhões em 2050, para depois se estabilizar, ou até mesmo declinar. Mas o novo estudo, coordenado pela Universidade de Washington e pela Organização das Nações Unidas (ONU), revelou a probabilidade de 80% de que a população mundial aumente para um número entre 9,6 e 12,3 bilhões de habitantes até 2100.

Só a África, que hoje tem um bilhão de habitantes, tem 80% de chances de chegar ao fim do século com população entre 3,5 e 5,1 bilhões de pessoas.

De acordo com as novas estimativas, a Ásia deve ter um pico de 5 bilhões em 2050, para começar a declinar depois disso – atualmente tem 4,4 bilhões.

A América do Norte e a Europa devem ficar com menos de um bilhão de habitantes cada. Já a população da América do Sul deve chegar a 467 milhões de habitantes em 2100. No conjunto da América Latina e Caribe, a previsão é de 736 milhões de habitantes até o fim do século.

ENVELHECIMENTO

Em relação ao envelhecimento, o estudo usou a taxa Potential Support Ratio (PSR) para medir o nível de envelhecimento da população em diferentes países. Segundo os números, a população brasileira estará mais envelhecida que a população atual do Japão, em 2100.

A taxa do Brasil, que atualmente é de 8,6, cairá até o fim do século para 1,5. Atualmente, a taxa PSR mais baixa do mundo é a japonesa, com 2,6. De acordo com o artigo, o único país que terá taxa PSR acima de 3 no fim do século é a Nigéria, que passará do índice atual de 15,8 para 5,4.

O estudo indica uma probabilidade de 70% de que a população mundial não se estabilize neste século.

De acordo com um dos autores, Adrian Raftery, da Universidade de Washington, o artigo analisa os dados mais recentes da ONU sobre população mundial, publicados em julho.

No entanto, o pesquisador esclareceu que o primeiro relatório populacional oficial da ONU usou a metodologia conhecida como probabilidade bayesiana, que combina todo tipo de informação disponível para gerar previsões com margens de erro muito menores. Para ele, os relatórios se baseavam em cenários, que não permitiam considerar tantas nuances.

(*) Com informações de Assomasul

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