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“Três Lagoas ainda é tranquila para se viver”, assegura comandante geral da PM

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12/11/2014 15h38 – Atualizado em 12/11/2014 15h38

O coronel Godoy, que assumiu no começo do ano o comando geral da PM/MS, esteve em visita ao 2º BPM na manhã de hoje, onde falou sobre a estrutura policial militar

Léo Lima e Ricardo Ojeda

A estrutura policial militar de Três Lagoas, embora necessite de mais investimentos para ampliar o efetivo e equipamentos (especialmente viaturas) para desenvolver um trabalho eficaz de combate ao crime, dá segurança devida à população, sob comando dedicado do atual comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Wilson Sérgio Monari. É o que observou o coronel Valter Godoy Rojas, comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, durante sua visita, na manhã desta quarta-feira (12), ao quartel do batalhão local.

“Três Lagoas ainda é uma cidade tranquila para se viver”, colocou o comandante da PM, revelando confiança no trabalho desenvolvido pelo coronel Monari e seus comandados na preservação do patrimônio do três-lagoense e combate à criminalidade. No entanto, concordou que ainda falta maior atenção do governo na questão da força policial no que se refere ao aumento do efetivo e de viaturas.

Durante entrevista à imprensa, no gabinete do comandante do 2º BPM, acompanhado do coronel Holivaldo de Jesus Muniz, comandante do Policiamento do Interior (CPI), o coronel Godoy enfatizou que Três Lagoas cresceu muito, advento possibilitado também pela industrialização do Município e conseqüente aumento dos recursos e principalmente do volume de habitantes. Junto, aumentaram também a economia e a criminalidade. Ele reconheceu que existe uma demanda reprimida em termos de aparelhamento dos órgãos de segurança instalados no Município, mas tal situação está sendo sanada pela conclusão dos cursos de formação de novos soldados, por exemplo. “Com a integração desses alunos ao quadro da Polícia Militar local, o policiamento vai ser reforçado”, colocou.

Godoy também adiantou que o suprimento das necessidades só poderão se concretizar no próximo governo, quando um novo comandante assumir a direção da administração estadual. “O próximo governador já sinalizou que vai atender a Segurança Pública, aliás relacionou o setor como uma de suas prioridades”, lembrou.

POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

Depois de chefiar o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI-Fron), o coronel Valter Godoy assumiu o comando geral da PM com a missão de continuar a busca por melhores condições de trabalho, mais valorização para o policial militar, modernização e ampliação de estrutura e, estreitar ainda mais os laços com a comunidade para perpetuar a filosofia de Polícia Comunitária.

“Independe [a filosofia da Polícia Comunitária] de comandante”, confidenciou Godoy ao jornalista Ricardo Ojeda, do Perfil News, ao responder sobre o questionamento a propósito. O comandante geral disse que a Polícia Comunitária vem sendo objeto da PM há cerca de 15 anos, como forma de integração comunidade-órgão policial e daí ao objetivo final: segurança da população.

E tal propósito, segundo Godoy, é também objeto proposto pelo futuro governo, “que vai dar atenção à segurança, permitindo o policiamento preventivo e ostensivo, colocando os municípios em níveis aceitáveis na questão de segurança pública”.

CENTRO DE MONITORAMENTO

Para o comandante geral da PM, após a ativação do Centro de Monitoramento, “Três Lagoas será o referencial para a implantação em todo o Estado desse sistema moderno e eficiente de vigilância, importando no efetivo combate à criminalidade e conseqüente sensação de segurança à população”.

A central de monitoramento, instalada nas dependências do 2º BPM, já deveria estar ativada. Entretanto, algumas barreiras burocráticas, como exigências de licitações (especialmente na fixação das câmeras e postes), vem atravancando esse importantes instrumento de vigilância na cidade.

SEGURANÇA NA FRONTEIRA

Também a questão do combate ao crime e contravenções nas regiões fronteiriças foi colocada durante a entrevista coletiva. O comandante geral enalteceu a importância da participação das Forças Armadas, junto com outros órgãos de segurança (PRF, PF, PC), na fiscalização, embora tenha reconhecido a grande extensão da região divisória com os dois países limítrofes (Paraguai e Bolívia). “São mais de 1.500 quilômetros de fronteira com os dois países; a vigilância nessa extensão territorial é um desafio muito grande”, avaliou Godoy.

O comandante geral da PM, entretanto, destacou o advento do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), a ser lançado oficialmente nesta quinta-feira (13) em Dourados, como fator determinante para a promoção de uma varrição da criminalidade no Estado.

Comandado pelo Exército (Comando Militar do Oeste), o sistema tem amplitude nacional com instalação de bases móveis, radares, sensores, comunicação integrada e criptografada, desenvolvimento de softwares e infraestrutura para monitorar e vigiar 16.886 quilômetros na faixa de fronteira, abrangendo 588 cidades no Brasil, em 11 Estados.

“Com apoio do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e outros órgãos policiais federais e estaduais, já conseguimos derrubar e muito as ações criminosas na fronteira, especialmente o combate ao tráfico; a apreensão de drogas duplicou em comparação a anos anteriores”, disse Godoy, acrescentando que, “agora, com o Sisfron ativado, com o Exército integrando as forças contra o crime, teremos resultados ainda mais positivos”.

VISITAÇÃO

Coronel Godoy explicou aos jornalistas na coletiva que está visitando várias regiões do Estado para assuntar in loco a estrutura policial militar e sentir as necessidades de cada Corporação.

“A gerência do Monari [comandante do 2º BPM], mesmo com efetivo aquém do necessário, tem proporcionado um trabalho seguro que tranqüiliza a população”, concluiu o comandante geral da PM.

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