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Tráfego nas BR’ s 158 e 262 começa a ser liberado pelos manifestantes

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05/12/2014 17h36 – Atualizado em 05/12/2014 17h36

Revoltosos da UFN3, que não receberam pagamento das rescisões, promoveram interdição, desde o começo da manhã de hoje, de duas importantes rodovias da região

Léo Lima e Ricardo Ojeda

Aos poucos o tráfego nas BRs 158 e 262, que servem Três Lagoas, vai sendo liberado pelos manifestantes descontentes com o descaso do empregador, o Consórcio UFN3, em não cumprir com as obrigações trabalhistas, como o pagamento das rescisões contratuais.

Informações do canteiro de obras da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) que a Petrobrás mandou o Consórcio edificar, na BR-158 (saída para Brasilândia), a cerca de 35 quilômetros da sede do Município, indicam que, após nova negociação, desta vez com interveniência de representantes do Ministério Público e da Justiça, junto com entidades que congregam os trabalhadores, a situação de insolvência por parte da UFN3 com os colaboradores demitidos pode ser solucionada. No entanto, ainda não se tem o resultado oficial do encontro, ocorrido durante toda a tarde desta sexta-feira (05), no site da Fafen, para onde teria se mudado o administrativo do Consórcio.

ENTREVERO

Enquanto isso, na avenida Ranulpho Marques Leal (trecho urbano da BR-262) e principalmente em cima da barragem de Jupiá, no trevo de acesso à Cesp (Companhia Energética de São Paulo), os manifestantes (em menor número do que na BR-158) ainda fazem bloqueio da rodovia. Agora há pouco, aconteceu um entrevero entre trabalhadores de outras empresas, que reclamavam direito de ir e vir, com os demitidos da UFN3. Felizmente, houve acordo e o trânsito foi liberado parcialmente.

“O tráfego na UNF3 (fábrica,na BR-158) já foi liberado. O pessoal [sindicatos] vai vir para cá para avisar também sobre o que rolou na conversa [negociação]”, colocou um representante do Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil) de Três Lagoas aos manifestantes que estão bloqueando a BR-262, na barragem de Jupía.

TRÁFEGO PARADO

Centenas de automóveis, caminhões, carretas, ônibus e até motocicletas estão ainda parados num trecho de quase dois quilômetros da BR-262, da fábrica Mabel até a Usina de Jupiá. A indignação toma conta de alguns condutores e ocupantes dos veículos, mas todos reconhecem a legitimidade do movimento.

Ciço Onório é um deles. Ele teve a carreta baú impedida de chegar até a indústria Avanti, quando trafegava pela avenida Ranulpho Marques Leal. “Venho de São Paulo, mas não pude chegar até o destino até agora”, reclamou, acrescentando que “eles tem direito de receber pelo que trabalharam”.

Assim como Onório, outros caminhoneiros aguardavam na enorme fila de veículos parados por conta do bloqueio. Até os bi-trem que carregam matéria prima (toras de eucalipto) para as indústrias de celulose foram impedidos de continuar a viagem.

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