13/03/2015 09h59 – Atualizado em 13/03/2015 09h59
Etapa nacional, em Brasília, conta com as 60 melhores equipes do Brasil formadas por estudantes de 9 a 16 anos
Da redação
A etapa nacional do Torneio de Robótica First Lego League, que vai reunir 600 estudantes de 18 Estados, começa nesta sexta-feira (13), em Brasília.
A competição vai até domingo (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com entrada aberta ao público. Os vencedores vão participar de torneios internacionais de robótica, sendo o principal deles o World Festival, em Saint Louis, nos Estados Unidos, com as melhores equipes do mundo.
A competição é promovida pelo grupo dinamarquês Lego e pela organização norte-americana For Inspiration and Recognition of Science and Technology (First) em mais de 80 países e envolve mais de 200 mil jovens por ano. No Brasil, este é o décimo primeiro ano do campeonato, que ocorre há 17 anos no mundo.
ETAPA NACIONAL
A etapa nacional terá as 60 melhores equipes do País, que garantiram vaga em dez seletivas regionais. Os times são formados por estudantes com idade entre 9 e 16 anos de escolas públicas, particulares e do Serviço Social da Indústria (Sesi), que organiza o evento.
Neste ano, os projetos de pesquisa, um dos critérios de avaliação, devem propor novas formas de aprendizagem. Cada equipe deve apresentar uma solução inovadora para aperfeiçoar o aprendizado, que possa sair do papel e virar realidade.
Os outros critérios de avaliação são design de robô, em que os alunos projetam, constroem e programam o equipamento e depois apresentam o desenho mecânico, a estratégia adotada e a programação desenvolvida; desafio do robô, em que são disputadas três partidas de dois minutos e meio para executar missões na mesa de competição com os robôs e os valores centrais do torneio como o trabalho em equipe e a competição amigável e ética.
CARÊNCIA
O diretor de Operações do Sesi, Marcos Tadeu de Siqueira, explica que o Brasil tem carência de profissionais na área de ciência e tecnologia e o interesse da entidade é despertar os jovens para a área científica. “É uma preocupação nossa formar profissionais que possam suprir essa carência para a indústria e para o desenvolvimento do País”.
No Distrito Federal, as duas equipes que vão competir são da unidade Sesi do Gama. Os alunos da Lego of Olympus desenvolveram a Mattátil, uma caixa com materiais pedagógicos voltados para o aprendizado da matemática de deficientes visuais. Segundo a coordenadora de robótica do Sesi do Gama, Elisângela Machado, os estudantes usaram material reciclável e adaptado para deficiência visual e já levaram a caixa para uma escola de deficientes visuais a fim de trabalhar o projeto. “Após o torneio, vamos entregar a caixa para a escola. A ideia é divulgar o projeto para o maior número de pessoas”.
A outra equipe é a Lego Field, que criou um website chamado Touch Class, voltado para a escola rural. Elisângela explica que os alunos do Sesi fizeram pesquisa de campo nas escolas rurais e perceberam deficiências no aprendizado. A equipe trabalhou o conteúdo para uma turma do quinto ano do ensino fundamental. “O projeto trabalha tanto online quanto offline. Os alunos vão inserir materiais didáticos no sistema e instalar o website na escola”.
(*) Agência Brasil