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Sem negociação e com cortes do governo, professores e estudantes da UFMS continuam em greve

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24/07/2015 08h41 – Atualizado em 24/07/2015 08h41

Com o corte anunciado, as universidades e institutos correm o risco de não terem verba nem mesmo para manutenção do expediente como pagamento de água e luz.

Assessoria

Os estudantes e professores da UFMS, Campus de Três Lagoas, estão em greve desde o dia 17 de junho de 2015. Nesta semana o Comando Nacional de Greve se reuniu com o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) no dia 20, em conjunto a outras categorias dos servidores públicos em greve, e no dia 22 para tratar especificamente da pauta da educação federal.

Nas duas reuniões o governo continuou intransigente e não alterou sua proposta, já rechaçada por unanimidade no início do mês, de reajuste de 21,3% escalonados em quatro anos (até 2019). Este percentual se quer cobre a inflação oficialmente projetada para o período.

O governo continua irredutível na negociação dos outros pontos de pauta, como investimento público na educação pública, condições de trabalho e verbas para permanência de estudantes nas universidades.
No contexto da greve o governo anunciou um corte de cerca de 47% do orçamento da educação federal, ao mesmo tempo em que aumentou o repasse de dinheiro público para as faculdades privadas via FIES.

CORTES

Com o corte anunciado, as universidades e institutos correm o risco de não terem verba nem mesmo para manutenção do expediente como pagamento de água e luz. As obras de infraestrutura, como as do Campus de Três Lagoas, paralisadas ou atrasadas há anos, continuarão sem finalizar e as iniciadas recentemente, como a faculdade de medicina, não serão concluídas no tempo estimado, prejudicando ainda mais a comunidade.

No dia 16 de julho o Comando Local de Greve protocolou ofício na reitoria da UFMS e na Pró-Reitoria do Planejamento, em Campo Grande solicitando reunião para colher informações quanto ao orçamento da UFMS para 2015. O Comando de Greve reivindica da Reitoria a abertura das contas e a informação quanto aos contratos com serviços terceirizados e denuncia a disseminação da terceirização no setor público, em detrimento do contrato via concurso público.

O Comando Nacional cobra nova reunião com o MEC para discutir os cortes no orçamento, entre outros pontos de pauta. Na continuidade da negociação salarial e de carreira docente, haverá nova reunião com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão até final de julho.

(*) Assessoria UFMS

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