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Exportação estadual de industrializados volta a cair e está 23,8% menor

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15/10/2015 10h45 – Atualizado em 15/10/2015 10h45

Os dados foram revelados pelo Radar Industrial da Fiems que faz os levantamentos

Assessoria

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul voltou a registrar queda no mês de setembro e está 23,8% menor nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, diminuindo de US$ 2,80 bilhões para US$ 2,13 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Em relação ao volume, no acumulado do ano, a queda foi de 19%, enquanto em relação à participação relativa, nos últimos nove meses, o percentual foi de 59% de tudo que foi exportado pelo Estado no período.

Com receita equivalente a US$ 228,7 milhões, setembro de 2015 registrou o pior resultado para o mês dos últimos cinco anos da série histórica da exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul. De janeiro a setembro de 2015, as maiores reduções ocorreram nos grupos “Extrativo Mineral”, “Complexo Frigorífico”, “Couros e Peles”, “Papel e Celulose” e “Óleos Vegetais”, que apresentaram, no comparativo com igual período de 2014, redução das receitas equivalentes a US$ 280, US$ 260, US$ 58,7, US$ 48,3 e US$ 24,1 milhões, respectivamente, totalizando uma queda superior a US$ 671 milhões.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a setembro de 2015, a receita de exportação do grupo “Papel e Celulose” totalizou US$ 770,3 milhões, indicando queda de 5,9% sobre igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 818,5 milhões. “O resultado verificado teve como principal influência a diminuição das aquisições em importantes mercados compradores da celulose sul-mato-grossense, com destaque para a Holanda, Estados Unidos, Itália e Coreia do Sul, que, somados, compraram US$ 73 milhões a menos, quando comparado com igual período do ano passado. Bem como, na mesma comparação, pela redução de 7% do preço médio da tonelada da celulose”, explicou.

Com relação ao “Complexo Frigorífico”, conforme Ezequiel Resende, a receita de exportação de janeiro a setembro de 2015 alcançou o equivalente a US$ 653,1 milhões, apontando queda de 28,5% sobre igual período do ano anterior, quando a receita havia sido de US$ 913 milhões. “A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com maior peso para a Rússia, que sozinha foi responsável por uma redução superior a US$ 225,6 milhões. Na sequência, na mesma condição, aparecem Hong Kong, Japão, Holanda e Arábia Saudita, com menos US$ 57, US$ 14,2, US$ 5,5 e US$ 4,6 milhões, respectivamente”, detalhou.

Já o grupo “Óleos Vegetais” fechou o período de janeiro a setembro de 2015 com receita equivalente a US$ 148,8 milhões, apontando queda de 13,9% sobre o mesmo intervalo de 2014, quando as vendas foram de US$ 172,9 milhões. “O desempenho foi fortemente influenciado pela queda de 47% nas compras realizadas pela Tailândia e Holanda, sendo que os dois países eram os principais destinos das vendas de Mato Grosso do Sul, com participação equivalente a 63,8%. Em valores, a soma das aquisições dos dois principais destinos alcançava US$ 110,2 milhões. Somado a isso, também houve a diminuição do preço médio da tonelada dos principais produtos do grupo, que são as Farinhas e pellets, da extração do óleo de soja e os Bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja que tiveram quedas de 29% e 21%, respectivamente”, declarou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Quanto ao grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação de janeiro a setembro de 2015 alcançou o equivalente a US$ 151,5 milhões, indicando recuo de 65% sobre igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 431,4 milhões. “Esse resultado fortemente influenciado pela queda de 54% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 37% no volume comercializado do produto. Em valores, o preço médio da tonelada caiu de US$ 73,8 em 2014 para US$ 33,9 em 2015. Já em relação ao volume, o total vendido em 2015, até o momento, alcançou o equivalente a 3,4 milhões de toneladas, contra 5,3 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado”, informou Ezequiel Resende.

O grupo “Couros e Peles” obteve receita de exportação no período de janeiro a setembro o valor de US$ 89,9 milhões, indicando queda de 39,5% sobre o mesmo intervalo de 2014, quando as vendas foram de US$ 148,7 milhões. “A queda verificada foi influenciada, basicamente, pela redução das compras efetuadas pela China, Itália, Hong Kong, Tailândia e Vietnã, que, somados, proporcionaram receita inferior em US$ 47,9 milhões”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

(*) FIEMS

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