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Economia encolherá 3,1% este ano, em mais nova projeção do governo

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21/11/2015 11h36 – Atualizado em 21/11/2015 11h36

A divulgação dos números foi feita pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda

Redação

Foi divulgada, na última sexta-feira (20), uma projeção atualizada pelo governo do PIB 2015. A expectativa de retração da economia será de 3,1%, a previsão anterior era de 2,8%. A divulgação dos números foi feita pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. O documento, intitulado “Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primarias” é relativo ao quinto bimestre de 2015.

O relatório afirma que “as expectativas de crescimento do PIB para 2015, que orientam as projeções fiscais do governo federal, (…) sofreram repetidas reduções ao longo do ano”. A última vez que um corte havia sido anunciado foi há menos de um mês, no dia 27 de outubro. O governo federal havia piorado a projeção de queda neste ano de 2,4% para 2,8%.

O documento também mostra outras alterações de projeção: a inflação, que tinha uma expectativa de alta de 9,29%, foi alterada para 9,99% e o Dólar, que estava previsto para R$ 3,25, passou para R$ 3,35. A equipe econômica prevê um fechamento com rombo histórico de R$ 51,8 bilhões nas contas da união. Essa alteração já havia sido divulgada pelo poder Executivo no fim de outubro, quando levou uma nova proposta de mudança na meta fiscal para o Legislativo. Os cortes totais na receita do governo chegam a R$ 57,920 bilhões em relação ao último relatório divulgado. Agora, o total previsto para arrecadação é de R$ 1,260 trilhão no ano.

São vários os motivos que justificam a menor arrecadação: algumas medidas precisam ser aprovadas no congresso, as estatais devem lucrar menos este ano, a entrada da Caixa Econômica na Bolsa de Valores foi adiada e leilões de concessões renderam abaixo do esperado. Já a previsão de gastos cresceu. A despesa discricionária ( não-obrigatória) foi mantida em R$ 246,904 bilhões; os obrigatórios cresceram R$ 2,773 bilhões, para R$ 861,612 bilhões.

CONGRESSO PRECISA APROVAR NOVA META FISCAL

No relatório do quarto bimestre, o governo ainda trabalhava com a perspectiva de que o País chegasse ao fim do ano com uma poupança de R$ 8,7 bilhões, sendo R$ 5,8 bilhões do governo federal. Atualmente, a meta vigente por lei é de que o País deve poupar R$ 66,3 bilhões, ou 1,1% do PIB. O governo deve encerrar o ano com o objetivo modificado para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Congresso deverá votar na próxima semana essa alteração, que estipula que o rombo poderá ir de R$ 48,9 bilhões a R$ 117 bilhões no ano (0,85% a 2,03% do PIB), afetado, no pior dos cenários, pelo pagamento de R$ 57 bilhões em “pedaladas fiscais” e pela frustração de receitas de R$ 11,1 bilhões com leilão de hidrelétricas.

Em ambos os casos, o desempenho será o pior registrado pelo País na série histórica iniciada pelo Banco Central em 2001, ilustrando o desequilíbrio das contas públicas num ano de arrecadação fraca, impactada pelo que promete ser a maior recessão econômica em 25 anos.

(*) Uol Notícias

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