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BC prevê inflação de 10,8% e queda do PIB de 3,6% em 2015

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23/12/2015 14h35 – Atualizado em 23/12/2015 14h35

Banco Central já não acredita que o IPCA atingirá o centro da meta, de 4,5%, nem mesmo em 2017

Da Redação

O Banco Central prevê que o Brasil fechará 2015 com queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,6% e inflação de 10,8%, segundo o Relatório de Inflação da instituição, divulgado nesta quarta-feira. No relatório anterior, de setembro, o BC previa declínio do PIB de 2,7% e inflação de 9,5%.

No documento, o Banco Central assinalou que a inflação em patamares elevados reflete “incertezas quanto à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição”. No último relatório, BC se limitou a apontar que o movimento respondia a efeitos dos ajustes de preços relativos na economia.

O relatório afirmou ainda que a recente queda do real e a persistência da inflação representam “riscos relevantes”, mas ressalvando que a queda dos preços monitorados e os efeitos das ações de política monetária recentemente implementadas devem favorecer a desaceleração da inflação ao consumidor. Para 2016, o Banco Central espera inflação de 6,2% (a previsão anterior era de 5,3%).

O BC já não vê a inflação no centro da meta, de 4,5%, em 2017, alvo que passou a buscar após reconhecer que essa convergência não mais ocorreria em 2016. No Relatório de Inflação, o Banco Central diz que conduzirá uma política monetária “especialmente vigilante” em meio à deterioração do balanço de riscos.

A expressão pavimenta o caminho para novo aumento de juros já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro. O conturbado ambiente político e fiscal no Brasil tem alimentado previsões de mercado de inflação cada vez mais alta.

“Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”, diz o relatório do BC.

Pelo cenário de referência, o Banco Central passou a ver a inflação medida pelo IPCA a 4,8% em 2017. No relatório de setembro, o BC enxergava o índice em 4% no terceiro trimestre de 2017. No fim de outubro, o BC já tinha jogado a toalha em relação à convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% em 2016, estendendo esse horizonte para 2017.

(*) Veja

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