ELE VOLTOU

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14/04/2016 09h43 – Atualizado em 14/04/2016 09h43

Nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio. A frase é antiga, mas permanece mais atual do que nunca e serve para ilustrar a recondução do delator do Mensalão, Roberto Jefferson, ao comando nacional do PTB. Ele cumpriu a pena imposta pela Justiça e volta à ativa atirando para todos os lados, inclusive para cima do atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o qual garante que cairá logo após o impeachment de Dilma. Com essa postura, certamente, ele deve exigir dos deputados petebistas que votem em massa para derrubar a petista.

TIETAGEM

O presidente regional do PTB, ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, participa nesta quinta-feira (14) de ato político no qual Roberto Jefferson será reconduzido à direção nacional do partido. O evento ocorrerá às 10h, no Hotel Nacional, em Brasília, durante reunião do diretório nacional. Jefferson se licenciou da presidência do PTB no segundo semestre de 2012, depois de condenado e preso no esquema Mensalão do PT. Quem estava à frente do comando da legenda era a filha dele, a deputada federal Cristiane Brasil (RJ).

LIBERDADE

Delator do esquema Mensalão, Jefferson teve a pena perdoada pelo STF no final do mês passado e pretende voltar à vida pública. Na semana passada, por exemplo, ele esteve na Câmara dos Deputados pela primeira vez desde que deixou a prisão –em Brasília, chamou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de “herói” e disse que pediria votos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Eu volto para me reconciliar com a opinião pública nacional”, afirmou. Ele disse que melhorou depois da condenação e que quer “peregrinar” pelo país.

SEM ÁLCOOL

Se depender do prefeito Alcides Bernal (PP), os torcedores de Campo Grande vão continuar assistindo aos jogos dos seus times de ‘bico seco’, ou seja, sem a cervejinha para aliviar o calor. Ele vetou projeto do vereador Carlão (PSB) que permitia a volta da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Capital. Se a decisão é boa ou ruim para o futebol daqui, somente quem vai ao estádio é quem pode avaliar. O futebol no país sempre esteve atrelado à cerveja e isso é cultural. Cabe ao torcedor questionar a proibição ou aceitar. Só não pode é deixar de ir ao estádio e torcer pelo seu time de coração.

DÚVIDA CRUEL

Os candidatos que vão às urnas nas eleições de outubro estão entre a cruz e a caldeirinha. Isso, porque, eles não contavam com um processo de impeachment no meio do caminho. Sabem, de antemão, que não podem contrariar seus potenciais eleitores sob o risco de perderem votos preciosos no dia 2 de outubro. Outro detalhe que precisa ser levado em consideração diz respeito ao voto do povão, aquele que decide o resultado de qualquer pleito. Como diz velho ditado, ‘não se faz omelete sem quebrar os ovos’, quem descer do muro mais cedo talvez leve vantagem.

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