26/05/2016 11h28 – Atualizado em 26/05/2016 11h28
Nenhum goleiro consegue defender chutes do artilheiro do campeonato e atacante do líder Santa Cruz
Recordista do Campeonato Brasileiro: Dos oito chutes dados por Grafite ao gol, seis entraram e dois foram para fora. Ou seja, nenhum goleiro conseguiu pará-lo ainda
Da redação
Oito finalizações. Seis gols. Em três rodadas, o atacante Grafite conseguiu o que jamais outro jogador alcançou na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. O camisa 23 do Santa Cruz é o goleador máximo da atual edição e recordista no torneio.
Ao final de três rodadas, nenhum outro jogador fez seis gols. O mais próximo foram cinco tentos anotados por Deivid, do Cruzeiro, em 2003, e Josiel, do Paraná, em 2007.
Grafite marcou dois gols na goleada do Santa Cruz sobre o Cruzeiro por 4 a 1, na noite da última quarta-feira, no estádio do Arruda, em Recife.
Chama a atenção o aproveitamento de quase 100% das tentativas do atacante.
Dos oito chutes ao gol, seis entraram e dois foram para fora. Ou seja, nenhum goleiro conseguiu pará-lo. Ele já enfrentou Fernando Miguel, do Vitória, Diego Cavalieri, do Fluminense, e Fábio, do Cruzeiro. Todos sofreram dois gols do artilheiro.
Além disso, aos 37 anos, o atacante marcou mais vezes do que 18 dos 20 participantes da Série A – a rodada será encerrada nesta quinta-feira – e supera de longe os artilheiros mais badalados do torneio, como André, do Corinthians, Alan Kardec e Calleri, ambos do São Paulo, e Paolo Guerrero, do Flamengo, que ainda não fizeram gols no Brasileiro.
Levando-se em conta as 13 edições anteriores a atual, nenhum artilheiro máximo do Campeonato Brasileiro teve média parecida ou próxima a de Grafite (dois gols por jogo).
O goleador com a melhor marca foi Washington, do Atlético-PR, em 2004, com 34 gols feitos em 38 jogos (uma média de 0,89 tento por partida).
Em relação ao rendimento nas três primeiras rodadas, além dos cinco gols de Deivid, em 2003, e Josiel, em 2007, outras quatro edições tiveram jogadores com um gol a mais do que o número de rodadas disputadas pelos seus clubes.
Em 2004, Alex Dias (Goiás) e Dudu (Cruzeiro) tinham quatro gols em três jogos. Algo que ocorreu também em 2006 com Pedro Oldoni (Paraná); em 2010, com Roger (Guarani); e, em 2012, com Alecsandro (Vasco) e Herrera (Botafogo).
Por outro lado, as últimas duas edições tiveram poucos gols, sendo que a pior ocorreu em 2014, no ano de realização da Copa do Mundo.
Na edição de dois anos atrás, ao final da terceira rodada nove jogadores estavam empatados na artilharia com somente dois gols: Alecsandro (Flamengo), Antônio Carlos (São Paulo), Aránguiz (Internacional), Marcelo (Atlético-PR), Marcelo Moreno (Cruzeiro), Marquinhos (Vitória), Nilton (Cruzeiro), Rafael Sobis (Fluminense) e Rafael Moura (Internacional).
DESEMPENHO DOS ARTILHEIROS EM TRÊS RODADAS DO BRASILEIRO
2003
Deivid, do Cruzeiro, 5 gols
2004
Alex Dias, do Goiás, 4 gols
Dudu, do Cruzeiro, 4 gols
2005
Alex Alves, do Botafogo, 3 gols
Robinho, do Santos, 3 gols
Roger, do Ponte Preta, 3 gols
2006
Pedro Oldoni, do Atlético-PR, 4 gols
2007
Josiel, do Paraná, 5 gols
2008
Kleber Pereira, do Santos, 3 gols
Diogo, da Portuguesa, 3 gols
Guilherme, do Cruzeiro, 3 gols
2009
Kleber, do Cruzeiro, 3 gols
Kleber Pereira, do Santos, 3 gols
Marcelinho Paraíba, do Coritiba, 3 gols
2010
Roger, do Guarani, 4 gols
2011
Anderson Aquino, do Coritiba, 3 gols
2012
Alecsandro, do Vasco, 4 gols
Herrera, do Botafogo, 4 gols
2013
Maxi Biancucchi, do Vitória, 3 gols
2014
Alecsandro, do Flamengo, 2 gols
Antonio Carlos, do São Paulo, 2 gols
Aránguiz, do Internacional, 2 gols
Marcelo, do Atlético-PR, 2 gols
Marcelo Moreno, do Cruzeiro, 2 gols
Marquinhos, do Vitória, 2 gols
Nilton, do Cruzeiro, 2 gols
Rafael Sobis, do Fluminense, 2 gols
Rafael Moura, do Internacional, 2 gols
2015
Diego Souza, do Sport, 3 gols
(*) ESPN