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Senadores esperam que sessão final do impeachment comece no dia 25

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11/08/2016 09h17

A definição do rito só deve sair na semana que vem, após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal

Da Redação

Em reunião nesta quarta-feira (10) começou a se delinear o roteiro da votação final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. No encontro entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e líderes partidários, foi estabelecida a data de 25 de agosto para o início da votação, que pode se estender por quatro dias. A data, no entanto, ainda não está confirmada.

– Não há definição com relação a isso, mas há um desejo de que esse julgamento possa ser concluído até o final do mês – explicou Renan.

A definição do rito só deve sair na semana que vem, após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, responsável pela condução do julgamento. Em entrevistas, ele já sinalizou que não pretende estender os trabalhos aos finais de semana.

O líder do PMDB, senador Eunicio Oliveira (CE), explicou que o prazo de dez dias após a entrega da peça acusatória se esgota no dia 23, se contados os dias corridos. Para que não haja questionamentos, o entendimento dos líderes é descontar os dias do final de semana e contar apenas os dias úteis, por isso a data mais provável é o dia 25. Na opinião do senador, não é uma votação apressada, como acusam opositores do governo interino.

– O Brasil inteiro já não aguenta mais esse assunto. Nós estamos há quase oito meses falando a mesma coisa aqui, os mesmo discursos, a mesma repetição. Não há porque postergar mais ainda esse processo. Já foi extremamente debatido, foi dado direito de defesa, foi discutido, todo mundo falou, todo mundo se colocou, então eu acho que esse é o momento oportuno – afirmou o senador.

A maior dúvida é sobre o fim do processo. Eunício não descartou a possibilidade de que os senadores continuem a sessão ao longo do final de semana, dias 27 e 28. Já Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Rede no Senado, espera que haja uma pausa no sábado e no domingo e que a sessão termine até terça-feira (30). Já o presidente do senado estima que a sessão dure três dias.

RESULTADO

Questionado sobre a previsibilidade do resultado do processo, o senador Randolfe Rodrigues disse não descartar a possibilidade de mudanças. Para ele, o PT não pode desperdiçar a chance de fazer um compromisso para a realização de novas eleições caso a presidente Dilma Rousseff consiga se manter no cargo. Essa, na opinião do senador, seria a única bandeira capaz de unir o Brasil.

– Acho importante um aceno da presidente Dilma no sentido de realização de plebiscito para novas eleições. É algo que a sociedade brasileira deseja. É verdade que a sociedade brasileira não quer o retorno do governo Dilma, mas é verdade que também não quer a continuação do governo Temer. Qualquer pesquisa de opinião indica isso – disse.

O presidente Renan Calheiros informou que pretende não votar, assim como fez nas sessões de admissibilidade e de pronúncia do impeachment.

(*) Agência Senado

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