05/10/2016 08h15
Com banqueiros irredutíveis, greve dos bancários completa um mês nesta quarta e, sem nenhuma rodada de negociação agendada, a greve, que teve início no dia 6 de setembro, não tem previsão para acabar
Daniela Silis e Ricardo Ojeda
Sem nenhum acordo em vista, a greve dos bancários completou trinta dias nesta quarta-feira (5). Com os banqueiros irredutíveis, as paralisações, que tiveram início no dia 6 de setembro, não têm previsão para acabar e nenhuma rodada de negociação agendada.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Telma Canisso, os bancários agora pedem apenas pela reposição inflacionária, que é de 9,78%, abrindo mão dos 5% a mais. Porém, a proposta dos bancários é de apenas 7%, o que não cobre nem mesmo a inflação.
Mesmo sem nenhuma rodada de negociação programada, a sindicalista espera que a greve tenha fim ainda esta semana, porém irá depender de uma nova proposta por parte dos banqueiros e a aceitação dos bancários.
Segundo Canisso, 100% das agências de Três Lagoas, Água Clara, Paranaíba e Aparecida do Taboado aderiram à greve.
TRANSTORNOS
A greve é uma das mais extensas da história do sindicato da categoria e já está trazendo transtornos e prejuízos para os comerciantes e empresários. Um comerciante do setor de panificação disse ao Perfil News que precisava pagar taxas de impostos e boletos de fornecedores e não podia pagar no terminal eletrônico devido o valor do documento. Com isso, o comerciante não pode retirar certidão negativa para poder participar de uma licitação.
Os caixas das casas lotéricas estão servindo de opção para pagamentos de contas diversas e demais boletos que não ultrapasse o valor permitido para a operação.
Cooperativas como o Sicoob Credivale e Sicredi estão funcionando normalmente, servindo de alternativa para pagamentos de contas diversas.
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