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Guerreiro estabelece equipe técnica que ‘enfrentará’ inundações em Três Lagoas

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19/01/2017 18h14

‘’É um ‘problema crônico’ que necessita de muita atenção. Conhecemos a cidade como a palma de nossa mão e, agora, estamos correndo em busca de recursos para colocarmos as ações em prática’’, esclareceu Dirceu Deguti.

Lucas Gustavo e Ricardo Ojeda

No cargo de prefeito de Três Lagoas há apenas 19 dias, Angelo Guerreiro já estabeleceu uma equipe técnica que atuará nos casos de alagamentos do município. O problema é uma das maiores queixas dos moradores e se arrasta há anos. O setor responsável pelo ‘enfrentamento’ é o de Infraestrutura, Transporte e Trânsito, e tem como secretário o engenheiro civil e mestre em Desenvolvimento Local, Dirceu Deguti Vieira, enquanto o Engenheiro
Adriano Kawahata Barreto é o diretor de Infraestrutura da secretaria.

Em entrevista ao Perfil News nesta quinta-feira (19), Dirceu explicou que a prioridade da pasta é enfrentar, definitivamente, os transtornos em relação à drenagem. ‘’Montamos um grupo técnico para encarar esse desafio. É um ‘problema crônico’ que necessita de muita atenção. Conhecemos a cidade como a palma de nossa mão e, agora, estamos correndo em busca de recursos para colocarmos as ações em prática’’, disse.

Segundo Deguti, para a canalização de água em todos os pontos críticos da cidade, a prefeitura precisa de aproximadamente R$ 150 milhões. A Secretaria Municipal de Governo se empenha para conseguir o montante. Enquanto a verba não chega, o setor de Infraestrutura já conseguiu ‘desenrolar’ cerca de 30 contratos de pequenas obras. Elas estavam paralisadas desde a administração passada. Dirceu as classifica como ‘’ações pontuais’’.

CASA DESARRUMADA

‘’Os três-lagoenses têm todo o direito de tecer críticas sobre as inundações, mas pegamos a ‘casa desarrumada’. Temos consciência dos problemas e de como resolvê-los, mas queremos obras definitivas e isso demanda capital’’, avaliou Deguti.

Na sequência de fotos, dá para verificar as condições herdadas da administração anterior, que executou um projeto equivocado. A água é jogada é em uma valeta no meio da rua e não tem destinação

Conforme Dirceu, o prefeito determinou à Secretaria que se atente, ao máximo, a tudo aquilo que prega os contratos e que as vistorias e acompanhamentos sejam rigorosos. ‘’O Guerreiro disse firmemente que se as empresas não apresentarem condições de ‘tocar’ as obras, o município vai rescindir o contrato com elas’’, acrescentou.

Sobre as reclamações que a população faz em relação aos alagamentos, Deguti deixa um recado. ‘’A Secretaria está aberta a críticas. Precisamos, sim, da participação popular. Qualquer cidadão pode procurar nosso setor e expor suas queixas. Estamos aqui para somar e buscar soluções’’, falou.

VILA ALEGRE

Uma das obras pela metade ‘herdada’ da gestão passada é a de drenagem no bairro Vila Alegre, paralisada na rua Padre João Tomes. O prefeito ordenou que o projeto seja acelerado. A empresa Coplenge Engenharia foi quem venceu a licitação na época e deve retomar o serviço. A construção está orçada em cerca de R$ 2 milhões.

‘’Nesse caso, a administração anterior executou um projeto equivocado. A água é jogada é uma valeta no meio da rua e não tem destinação. Nossa intenção é escoar esse volume até o ‘piscinão’ (reservatório detenção) que está sendo feito na Vila Alegre para que o problema seja solucionado’’, explicou Deguti.

EXPECTATIVAS

O engenheiro civil, Adriano Kawahata Barreto, diretor de Infraestrutura, explicou à reportagem que, por conta das chuvas e obra será reassumida em março, porém devido a urgência, a empreiteira já disponibilizou a equipe para dar inicio a qualquer momento, basta as chuvas darem uma trégua. A expectativa do cronograma é que seja concluída em setembro deste ano.

‘’A previsão é que a chuva termine em 19 de março, porém os operários já estão no canteiro aguardando a estiagem. É um projeto que, tecnicamente, denominamos macro drenagem. É necessário englobar toda a bacia de captação; não podemos simplesmente encaminhar a água. Temos de fazer algo que chamamos de mitigação de danos, que é retê-la por algum tempo. Isso é um processo natural que deve acontecer antes do solo ser impermeabilizado’’, esclareceu Adriano ao Perfil News.

Acréscimo de informação

De acordo com Adriano, a obra já esta autorizada a reiniciar, inclusive com os operários já estão canteiro de obra. O engenheiro Adriano disse que a macro drenagem de Três Lagoas fica cara por ter que ser feito junto com asfalto, que faz a drenagem superficial.

Segundo Dirceu Deguti, que pediu para fazer uma complementação da matéria. Há um projeto de 2013, que o município possui, do escritório Schettini, que deverá ser readequado para adaptar a tendência mundial da água correr a céu aberto, facilitando a oxigenação e a limpeza dos canais.

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