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Fundect reúne pesquisadores para prospectar ações de controle à mosca-de-estábulo

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24/02/2017 14h13

Da Redação

O diretor-presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), Davi José Bungenstab, e o Superintendente de Ciência e Tecnologia de MS, Renato Roscoe, receberam nesta quarta-feira (22) na sede da Fundect em Campo Grande, pesquisadores e especialistas para discutir e prospectar ações de pesquisa no controle de surtos da mosca-de-estábulo.

As moscas-de-estábulo (Stomoxys calcitrans) são insetos hematófagos responsáveis por expressivas perdas econômicas na pecuária mundial. Prejuízos no Brasil superam US$ 350 milhões e, nos Estados Unidos, ultrapassam US$ 2 bilhões.

As larvas desta mosca desenvolvem-se em matéria orgânica vegetal em decomposição, estando presentes em qualquer propriedade agropecuária. A recente proibição da queima pré-colheita das plantações de cana-de-açúcar, juntamente com a utilização da vinhaça como fertilizante, criou um ambiente especialmente nutritivo para o desenvolvimento deste inseto, o que foi agravado pela expansão da indústria sucroalcooleira na região Centro-Oeste do Brasil.

A ocorrência de explosões populacionais de moscas-de-estábulo em usinas de álcool tem gerado grave impacto econômico à pecuária regional, afetando rebanhos e comunidades próximas às usinas em cinco estados. Os surtos em Mato Grosso do Sul iniciaram em 2009, tendo afetado pelo menos 13 municípios até 2015. Uma vez iniciado um surto, não há medidas de controle eficientes para seu controle, motivo pelo qual torna-se fundamental a adoção de medidas preventivas.

De acordo com o pesquisador e parasitologista animal da Embrapa Gado de Corte, Drº Paulo Henrique Cançado, a pesquisa no controle deste vetor é de suma importância para a economia do Estado.

“O Estado de São Paulo passa por uma situação gravíssima com aproximadamente 100 municípios com surtos do vetor. No Brasil, ainda são poucos os pesquisadores nesta área, portanto, este encontro é primordial para que possamos direcionar as pesquisas e organizar grupos mais coesos que atendam a demanda dos setores produtivos da cana de açúcar e da pecuária em MS”, conclui.

Para o diretor-presidente da Fundect, Davi Bungenstab, o encontro é o ponta pé inicial para a formação de parcerias de incentivo à pesquisa no controle da mosca.

“A Fundect quer ser parceira no combate a este vetor que tanto prejudica nossa produção. Com este encontro pretendemos fazer um esboço do que seriam as propostas para acabar com esse problema, sendo assim, será elaborado um documento e posteriormente iremos atrás dos recursos para fomentar a pesquisa no assunto”, finaliza.

Pesquisa na área

A Fundect junto com seus parceiros, entre eles a Embrapa, já fomenta pesquisas no assunto.

De 2011 a 2016, o pesquisador e parasitologista Paulo Cançado, desenvolveu pesquisas de Bioecologia das moscas com o objetivo de fornecer subsídios para o controle do vetor.

Participaram desta pesquisa profissionais das mais diversas áreas do Brasil e até do exterior.

“Atualmente estamos com uma pesquisa (parceria Fundect, Embrapa e UCDB) voltada para a avaliação de inseticidas e biomoléculas que possam colaborar com o controle do parasita”, conclui Paulo.

(*) Notícias MS

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