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Vereadores solicitam medidas para evitar risco de acidentes com jacarés

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14/03/2017 14h30

Legislativo e Executivo querem ouvir autoridades ambientais e população para implantar medidas emergenciais

Assessoria

Os vereadores de Três Lagoas vão se unir ao Executivo e à população para buscar uma solução emergencial quanto à presença de jacarés na Lagoa Maior. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (14), após reunião com o secretário municipal de Meio Ambiente e Agronegócios, Celso Yamaguti, um representante da Polícia Militar Ambiental, subtenente Quijadas, o fiscal ambiental Flávio Fardin e os vereadores Realino, Cristina, professor Flodoaldo, Davis Martinelli, Apóstolo Ivanildo e representante da vereadora Sirlene.

A reunião aconteceu por solicitação do vereador Realino, em resposta a inúmeros pedidos de cidadãos que chegam aos vereadores, expressando preocupação de que possa ocorrer algum acidente envolvendo os jacarés, sobretudo depois de um vídeo ter circulado pelas redes sociais, com um cachorro sendo comido por um dos répteis que habitam a lagoa.

Celso Yamagati informou que o prefeito Angelo Guerreiro determinou que a situação seja discutida e que sejam tomadas medidas urgentes para proteção, tanto da fauna silvestre, quanto das pessoas que frequentam o local. A ideia é fazer o manejo também das capivaras, de outros animais e de toda a área, mas com medidas prioritárias para os jacarés.

Com este objetivo, o secretário está agendando, para a próxima semana, uma audiência com o setor de fauna silvestre do Instituto do Meio Ambiente de MS (Imasul), em Campo Grande, para análise das possibilidades legais de atuação. Alguns vereadores deverão participar também.

De acordo com o fiscal ambiental Flávio Fardin, técnico da Secretaria que é responsável pelo Monumento das Lagoas, qualquer intervenção sobre a fauna silvestre das lagoas tem que ser autorizada pelos órgãos fiscalizadores, como o Imasul.

Outra questão debatida na reunião foi a necessidade de ampla discussão com os três-lagoenses. “Não vamos
tomar decisões unilaterais, sem ouvir a sociedade”, garantiu Yamaguti. Por isso, deverá ser organizada audiência pública para tratar do tema.

A administração municipal ainda quer envolver a universidade, os conselhos municipais e a sociedade civil nas discussões e nos estudos, afirmou o secretário.

Mesmo sobre a possibilidade de cercar a lagoa, separando o contato direto entre pessoas e animais, Yamaguti disse que pretende ouvir a sociedade e também fazer estudos mais aprofundados, uma vez que há riscos de não ter alimento suficiente para as capivaras já existentes.

Sobre as capivaras, o subtenente Quijadas lembrou ainda do risco da febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato que infesta estes animais. “Tenho muita preocupação com isso, porque o carrapato fica na grama, onde as pessoas sentam. É uma doença que não tem cura”, informou.

Enquanto as medidas emergenciais ainda estão em análise legal, as autoridades alertam a população para evitar contato direto com os animais, principalmente os jacarés, que são da espécie papo amarelo, considerada bastante selvagem e ágil em uma situação de ataque.

(*) Assessoria Câmara Municipal de Três Lagoas

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