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Produtos químicos eram usados para disfarçar carnes vencidas, diz polícia

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17/03/2017 10h49

Segundo a PF, grandes empresas, como BRF Brasil, estão envolvidas

Da Redação

O delegado federal Maurício Moscardi Grillo afirmou, na manhã desta sexta-feira (17), que produtos químicos foram usados pra disfarçar a carne vencida. A Polícia Federal (PF) repassou mais detalhes sobre a operação “Carne Fraca”, que apura a venda de carnes vencidas, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17).

Moscardi também disse que água era injetada na carne para que o peso aumentasse. Também foi verificada a falta de proteína na carne. “Foi trocada por fécula de mandioca ou proteína da soja, que é muito mais barata, mais fácil de substituir”, explicou.

Moscardi acrescentou que nem mesmo os fiscais envolvidos, que costumavam ganhavar carnes dos proprietários como benefício, estavam aguentando a má qualidade dos produtos. “Eles comentavam entre si que não estava mais dando para receber”, disse.

Além de Moscardi, participam da coletiva de imprensa o superintendente da PF, Rosalvo Ferreira Franco; o delegado federal Igor Romário de Paula; e o auditor da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima.
A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. A denúncia foi feita por um deles.

Segundo a polícia, a “Carne Fraca” é a maior operação já realizada pela PF no país. Pela manhã, funcionários do ministério foram detidos.

As investigações chegaram às principais empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas.
Gravações telefônicas apontam que frigoríficos vendiam carne vencida tanto no mercado interno, quanto para exportação.

Em contato com o G1, a JBS afirmou que não tem informação de que algum executivo seu foi preso e informou que não há operação da PF na empresa. A reportagem tenta contato com os demais citados pela Polícia Federal.

(*)G1.COM

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