22/03/2017 13h40
Da Redação
Suspeito de articular fraudes em licitações e alvo da operação Licitante Fantasma, o empresário Moisés Wisniewski é entusiasta da Lava Jato, ação de combate à corrupção; do juiz Sérgio Moro e do Partido Novo, que busca renovar a política. As predileções são registradas em posts de seu perfil no Facebook.
Em maio de 2016, por exemplo, deu publicidade ao fato de que assinou um abaixo-assinado virtual de apoio a Lava Jato. Na sua casa, no bairro Antônio Vendas, em Campo Grande, onde a PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de busca e apreensão, mais um gesto de apoio à operação nacional. Na garagem, um veículo estava adesivado com “Eu apoio a Lava Jato”.
Ontem, Moisés foi preso por posse irregular de arma de fogo. Ele, que chegou a descer da viatura com uma sacola, indicativo de que levava pertences, foi solto ainda na terça-feira (dia 21). O empresário pagou fiança de R$ 10 mil. Ao ser preso, ele declarou que “está devendo até os cabelos”.
Em consulta ao Diário Oficial da União, Moisés aparece como procurador da empresa Mega Business Ltda., do qual era sócio. O contrato, que data de 2012, foi assinado com a superintendência regional no Mato Grosso do Sul do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O objetivo era atender a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para prestação de serviços de “braçagem na movimentação de carga e descarga dos produtos agropecuários e serviços correlatos e complementares nas unidade armazenadoras”. O valor estimado anual era de R$ 376.554,41.
(*) Campo Grande News