13/07/2017 14h19
Fábricas de Ortigueira e Monte Alegre, no Paraná, poderão receber grande fatia do aporte de quase R$ 7 bilhões
Da redação
A Klabin está planejando um novo ciclo bilionário de investimentos. Até meados de 2017, a companhia planeja apresentar ao conselho de administração projetos que adicionarão mais 1,5 milhão de toneladas por ano em capacidade de produção. A empresa não informa o prazo ou o orçamento potencial, uma vez que os estudos de engenharia não estão concluídos.
Mas estimativas de mercado colhidas revelam que o desembolso total pode superar US$ 2,1 bilhões (aproximadamente R$ 6,8 bilhões). Plantas no Paraná poderão receber grande fatia do aporte.
Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, afirmou que a companhia deve ter condições de começar a tomar decisões sobre o novo ciclo de expansão, que terá três linhas, já no ano que vem. “A primeira delas, que já é conhecida do mercado, está no segmento de cartões. A nova máquina, com capacidade de produção de 500 mil toneladas ao ano, poderá requerer investimento de até US$ 800 milhões, pelos cálculos de fontes de mercado.
A Klabin é a única fabricante de cartões para líquidos (LPB, na sigla em inglês) e pretende estar alinhada a sua maior cliente no segmento, a líder global Tetra Pak, para pôr em operação a nova máquina. A ideia inicial, conforme Teixeira, é que um terço da capacidade esteja voltado ao LPB, outro terço a cartões para alimentos (food service e sorvetes) e mais um terço a cartões para embalagens de consumo. Faz sentido, segundo o executivo, que esse investimento seja executado em Ortigueira, perto da linha de celulose de fibra curta, mas não há decisão tomada”
“A segunda rota envolve papel kraftliner, que pode ser vendido a terceiros se o mercado se mantiver atraente ou integrado à produção de caixas de papelão ondulado, elevando a eficiência da operação. Seria uma nova máquina apta a fazer 500 mil toneladas anuais, que poderia ficar na unidade Monte Alegre (PR).
A outra rota em estudo levaria a Klabin a ampliar capacidade em um mercado recém desbravado, o de celulose fluff (usada em fraldas descartáveis e absorventes). A proposta é adicionar mais 500 mil toneladas por ano às atuais 400 mil toneladas – neste momento, a companhia já está produzindo a 90% desse ritmo”
(*) Informações com Celulose Online