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Agepen firma parcerias e reabilita detentos em Três Lagoas

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17/08/2017 14h42

Empresa JB Cadeiras é uma das 158 parceiras da instituição que vem dando novas oportunidades aos presidiários.

Ygor Andrade

A Penitenciária de Três Lagoas vem se destacando há sete anos, com um projeto de ressocialização de presos que vêm trabalhando na confecção de cadeiras de fio e outros móveis. Segundo o proprietário da JB Cadeiras, Baihar Alves Azambuja, já foram mais de 1500 participações de internos que, além de aprenderem uma nova profissão e serem remunerados por isso, tiveram suas penas reduzidas. Para cada três dias trabalhados, um dia era abatido na sentença do trabalhador. “Eu me sinto muito feliz em saber que contribui de alguma forma para que famílias tivessem um destino diferente, porque cada interno representa uma família”, enfatiza o empresário.

De acordo com o dono da JB Cadeiras, hoje, devido a qualidade dos produtos confeccionados na Penitenciária, a produção caiu de até duas mil cadeiras/mês para 500 cadeiras de fio, e 250 peças feitas de fibra sintética.

Esse trabalho de ressocialização tem gerado inúmeros frutos, como, por exemplo, acontece com o interno João Batista Barbosa de 52 anos. “Aqui desenvolvo todas as etapas de produção. Faço desde o corte e solda das ferragens, até o acabamento das cadeiras. Esse trabalho acrescenta muito na minha vida e melhora minhas perspectivas para quando eu estiver em liberdade”, comemora. No local, trabalham seis detentos, que participam de todo a linha de produção das peças.

ESTÍMULO

Além de remuneração e diminuição de pena, os detentos também são motivados com mensagens diariamente. Baihar Azambuja espalhou placas com textos que estimulam os trabalhadores. “Nosso objetivo é provocar a autorreflexão quando estiverem mais tristes. A mente não está presa, apenas o corpo. Encontrei nesses quadros uma forma de dar forças e bom ânimo a eles”, diz.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, comemora mais uma parceria com bons frutos; no total, são 158 convênios. “Tais parcerias são vantajosas para ambos os lados, já que os custodiados exercem atividade produtiva, podem remir a pena, são remunerados e qualificados para o mercado de trabalho, enquanto os empresários têm a redução considerável de custos trabalhistas, já que não possuem vínculo empregatício com os detentos”, finaliza.

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