12/12/2017 06h52
Juiz federal da 3ª Vara de Campo Grande negou o pedido para Battisti colocar a tornozeleira eletrônica em SP. Ele terá 7 dias para ir a MS cumprir medida
Redação
O ex-ativista Cesare Battisti virou réu no processo sobre evasão de divisas, quando foi preso em Corumbá (MS), em outubro deste ano, ao tentar entrar na Bolívia com U$ 6 mil e € 1.300, cerca de R$ 25 mil.
O juiz federal da 3ª Vara de Campo Grande aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) na tarde desta segunda-feira (11) e negou o pedido de Battisti para colocar a tornozeleira eletrônica mais próximo de São Paulo, onde reside.
O G1 tentou contato com a defesa de Battisti, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Em outubro, durante a audiência de custódia, Battisti alegou que ia para Bolívia para comprar materiais para pesca, casaco de couro e vinhos. Ele disse, na época, que não tinha autorização para deixar o Brasil, mas achava que o centro comercial estava em zona internacional — não em território boliviano.
De acordo com a Receita Federal, qualquer pessoa que esteja cruzando a fronteira do Brasil com mais de R$ 10 mil em espécie, seja em moeda nacional ou estrangeira, precisa fazer uma declaração chamada “Bens de Viajantes”.
Segundo a decisão desta segunda, o italiano terá mais sete dias para ir até Mato Grosso do Sul cumprir a medida da liberdade condicional. De acordo com a Justiça Federal, o pedido de colocação da tornozeleira em São Paulo foi negado porque a Secretaria de Administração Penitenciária paulista argumentou “não haver disponibilidade para isso”.
O Ministério Público se manifestou sobre o caso na última quinta-feira (7), um dia depois da defesa de Cesare apresentar uma petição.
(*) G1.COM