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Sem telhado, militares improvisam lona para cobrir pelotão em Camapuã

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11/01/2018 13h59

Sem telhado, militares improvisam lona para cobrir pelotão em Camapuã

Associação de Cabos e Soldados pediu interdição da unidade

Redação

Apesar do anúncio de mais de R$ 90 milhões investidos nos últimos três anos na segurança em Mato Grosso do Sul, as corporações ainda lidam com o descaso por parte do Governo do Estado. Em Camapuã, o pelotão da Polícia Militar está há um ano sem telhado, motivo pelo qual os servidores tiveram que improvisar lona para se proteger da chuva.

Diante deste cenário, Associação Estadual e Centro Social de Policiais Militares e Bombeiros Militares (ACS/MS) notificou órgãos competentes e pediu a interdição da unidade. Segundo o presidente da entidade, Edmar Soares da Silva, o ex-secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, tomou ciência do fato pessoalmente e prometeu solucionar o problema no ano passado.

Uma equipe do setor de projetos da Sejusp chegou a vistoriar a unidade, porém, nada foi feito até o momento. “É uma vergonha a Polícia Militar ser exposta a tais condições de trabalho”, criticou Edmar, em ofícios encaminhados à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Ministério Público Estadual, solicitando a interdição do pelotão.

“Se passaram mais de 300 dias e absolutamente nada foi feito para resolver a questão. Nesta temporada de chuvas, os policiais sobem todos os dias no telhado para improvisar as lonas. Isso quando conseguem essas lonas”, continuou.

RESPONSABILIZAÇÃO

Ao MPE, a ACS solicita não só a interdição da unidade da Polícia Militar, mas, também, a responsabilização do governador Reinaldo Azambuja: a entidade entende que ele seja notificado a sanar o problema em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, valor que será revertido às obras de manutenção na unidade.

“A atual administração estadual implantou, desde 2015, um verdadeiro processo de sucateamento da segurança pública em Mato Grosso do Sul. Sem reajuste desde então e com promessas não cumpridas, a categoria sofre ainda com a falta de estrutura para trabalhar”, concluiu Edmar. A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sejusp, mas até o fechamento desta edição não havia obtido respostas.

(*) Correio do Estado

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