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‘Meu coração era pra ter explodido’, diz vítima de choque 270 vezes maior que voltagem da tomada

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20/03/2018 15h34

Serralheiro estava fazendo um ‘bico’ em uma chácara quando foi atingido por descarga elétrica de 34,5 mil volts, em MS. Ele teve 22% do corpo queimado

Redação

O convívio com os filhos e o retorno para casa era tudo o que queria o serralheiro Geison Mayk Ferreira da Silva, de 27 anos. A vítima permaneceu 41 dias internado na ala de queimados da Santa Casa, ao levar uma descarga elétrica de 34,5 mil volts, algo equivalente a 270 vezes maior do que a voltagem da tomada.

“Não quero jamais ter de passar por tudo isso de novo. O sentimento de retornar pra casa é de liberdade. Os médicos e enfermeiros me disseram várias vezes que eu tinha de agradecer a Deus, pois não era mais para eu estar vivo. No mínimo, com a quantidade de energia que eu recebi, era pra ter explodido o coração e queimado o resto dos meus órgãos, por dentro”, comentou ao G1 o serralheiro.

O tratamento agora inclui visitas quinzenais no hospital por conta dos curativos. “Vou me cuidar, mas, queria voltar a trabalhar logo. Também pretendo correr atrás dos meus direitos. O que me impede é que, neste momento, ainda estou sofrendo com muitas dores”, alegou Geison.

Entenda o caso

Ainda de acordo com o serralheiro, o trabalho era um “bico” porque ele não tinha recebido do primeiro patrão. “Eu trabalhava em uma empresa no Jardim Itamaracá. O responsável lá atrasou os salários e, de um dia para o outro, pegou todo o maquinário e foi embora. Até hoje não tenho notícia do paradeiro dele e fiquei sem receber R$ 2,5 mil. Por conta disso, tive que procurar outras coisas, fazendo serviços de jardinagem e serralheria”, explicou Geison.

Houve então uma oportunidade temporário de trabalho e a vítima se deslocou para uma chácara, perto da BR-163, a 50 km de Campo Grande. “Nós estávamos fazendo um barracão neste local. Era o terceiro dia de trabalho, todo mundo já tinha saído e eu estava colocando a última telha. Todos nós trabalhávamos abaixados, com a eletricidade improvisada deste fio de alta-tensão. Fizemos o esqueleto e depois já estava na fase final. Eu fui pegar o parafuso no meu bolso e, um pouco que levantei, tive esse fio encostado na minha cabeça”, disse na ocasião.

*G1

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