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Ladrão gravava vídeos na cadeia para ensinar e recrutar pessoas para o crime

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22/03/2018 14h39

Polícia de MS diz que imagens foram feitas na cadeia e ensinavam bandidos a agir em casos de assaltos a agências bancárias, segundo delegado

Redação

A investigação sobre o grupo criminoso suspeito de furto a agências bancárias, tentativas e também invasão a agências dos Correios, em Mato Grosso do Sul, levou a polícia a ter acesso a imagens e até vídeos feitos por bandidos. Segundo o delegado João Paulo Sartori, responsável pelas investigações, um dos envolvidos gravava vídeos para ensinar e até recrutar mais pessoas para esta modalidade de crime.

“Dois dos oito presos eram os intelectuais do grupo, que planejavam toda a ação. Eles gravaram vídeos, da cela da Máxima [Estabelecimento Penal Jair Ferreira De Carvalho, em Campo Grande], orientando como os ladrões devem agir em casos de assaltos a bancos e até Correios. É inclusive possível ver que o preso se arrasta, para mostrar o comportamento que devem ter na ação criminosa”, afirmou ao G1 o delegado.

Em outro vídeo, eles filmam o momento de abertura de um cofre. Além disso, diversas fotos mostram as ferramentas adquiridas para a ação, além do dinheiro furtado nos casos em que conseguiram invadir a agência, levando também coletes balísticos e até armas dos vigias.

“Eles estavam fazendo da cela um verdadeiro home office para o crime. O grupo também tinha tarefas muito bem distribuídas, apontando quem iria ingressar nas agências, efetuar os cortes nos cofres e fazer a subtração dos numerários. Entre as fotos, encontramos até uma espécie de proteção que eles criaram para abafar sinais sonoros nos alvos do grupo. As mulheres também atuavam comprando os equipamentos e temos ainda mais dois foragidos que estão sendo procurados”, explicou Sartori.

Entenda o caso

A polícia deflagrou operação na madrugada de terça-feira (20) e prendeu 8 suspeitos, sendo 5 homens e 3 mulheres. Os envolvidos estão na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) e devem responder por associação criminosa e furto qualificado. Segundo a polícia, o grupo é investigado desde 2017.

Entre os casos estão assaltos a agências bancárias em Campo Grande, onde ocorreu também tentativas sem sucesso, além de crimes da mesma modalidade em Bandeirantes, Sidrolândia, Bataguassu e mais alguns casos a serem apurados. Na capital sul-mato-grossense, o último caso ocorreu a uma agência no bairro Moreninhas, quando os bandidos levaram cerca de R$ 150 mil, ainda de acordo com a polícia.

Foram presos: Cleber Nunes Pires, de 39 anos, que possui condenações por furto, roubo e ele ainda possui mais 20 anos de pena a cumprir. Melrison da Silva, de 31 anos, é interno da Máxima e a pessoa quem orquestrava os crimes, segundo a polícia. Wellington Felipe Santos Silva, de 21 anos, é um dos presos envolvido em uma mega-assalto e que foi expulso do Paraguai. Os outros são Tiago Rodrigues da Silva, de 35 anos, Yawith Oliveira Farias, de 20 anos, que também é suspeito de roubo à veículos.

(*) G1

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