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Depois de chamar Alcolumbre de “motoboy do Bolsonaro”, senador Jorge Kajuru pode sofrer processo de cassação

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Depois de um discurso duro na tribuna do Senado Federal no último dia 1, o senador por Goiás Jorge Kajuru pode sofrer processo de cassação do mandato.

Kajuru foi um dos candidatos à Presidência da casa, mas retirou a candidatura em apoio à senadora sul-mato-grossense Simone Tebet. Entretanto, antes disso, Kajuru aproveitou seu tempo discurso para disparar contra o então Presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

“O senhor entrou com a nossa confiança em mudança, especialmente de que não trocaria a palavra independência por subserviência. E o que o senhor foi nesses dois anos, desculpe a sinceridade, literalmente, foi um office boy de luxo do Presidente Bolsonaro”, disparou Kajuru.

O senador e jornalista não parou por aí. Ele também criticou duramente o novo Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apoiado por Alcolumbre, e disse que ele “também vai ser um office boy de luxo e ter dois patrões”.

Críticas similares foram feitas pelo Senador durante entrevista ao Perfil News, conforme pode-se conferir no link.

Repercussão

A fala de Kajuru repercutiu nos bastidores do Senado e gerou suspeitas de que Alcolumbre abriria uma representação no Conselho de Ética, pedindo a cassação do seu mandato.

“Considero estranhas as movimentações com o objetivo de me punir, que tenho acompanhado nos bastidores do Senado. Sobretudo porque não observei nada parecido em dois anos de mandato, nem mesmo quando um colega foi flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca”, afirmou Kajuru.

Além disso, em nota, o Senador do Cidadania, que é jornalista, pede que a imprensa analise seu histórico de se rebelar contra qualquer tipo de ameaça, agressão ou censura ao trabalho jornalístico durante a apuração dos fatos.

Confira a nota completa abaixo:

Ao longo de minha carreira como profissional de comunicação, por mais de quatro décadas, sempre me pautei pelo princípio de que todo cidadão tem direito à informação- precisa, correta e com base no interesse público.

Nessa luta, busquei sempre também defender os colegas jornalistas e radialistas, quando vítimas das mais variadas pressões na sua árdua missão de fazer valer um direito fundamental do cidadão.

Sempre me rebelei contra qualquer tipo de ameaça, agressão e censura ao trabalho jornalístico – por solidariedade e por acreditar que a liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia.

Torço para que tal histórico seja considerado pela imprensa na análise de eventual fato político, caso venha a se concretizar: meu nome ser levado a julgamento no Conselho de Ética do Senado, por causa de críticas por mim feitas ao ex-presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

Espero a solidariedade e justiça de toda a minha eterna classe do rádio, jornal e televisão. Lembro que em meu primeiro ano de mandato, em 2019, tive a iniciativa em relação à TV Globo e fui o segundo quanto à Folha de S. Paulo- na proposição de homenagens aos dois veículos de comunicação. Isso num momento em que o Governo tentava destruí-los. Lembrei que, para ambos, tal ação que feria princípios democráticos valia como ATESTADO DE IDONEIDADE.

Considero estranhas as movimentações com o objetivo de me punir, que tenho acompanhado nos bastidores do Senado. Sobretudo porque não observei nada parecido em dois anos de mandato, nem mesmo quando um colega foi flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca.

Espero não ver o Senado Federal- para o qual fui eleito por mais de um 1,5 milhão de votos dos eleitores de Goiás- tentar punir um de seus integrantes por causa de uma manifestação democrática, agredindo assim o direito de expressão garantido no artigo 5º da Constituição de 1988.

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