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Obras do Projeto Cerrado devem aumentar em 5,3% o PIB estadual

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Na fase de obras, ao menos 16 setores da economia sul-mato-grossense serão impactados com os investimentos realizados pela Suzano em Ribas do Rio Pardo

Estudo feito pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) mostra que impacto econômico na fase de obras do Projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, será de R$ 5,737 bilhões de valor associado bruto.

Esse montante resultaria em aumento de 5,36% sobre o PIB estadual. A pesquisa usa com base o PIB estadual de 2018, último consolidado, de R$ 106 bilhões. Na fase de obras, ao menos 16 setores da economia serão impactados com os investimentos realizados pela Suzano. A geração de empregos diretos deve chegar a 10 mil entre 2021 e 2024.

Do total a ser investido na primeira fase, a empresa estima R$ 7 bilhões em construções e instalações e outros R$ 7 bilhões em máquinas e equipamentos.

Área onde será a sede do Projeto Cerrado, nova fábrica de celulose da Suzano em MS. Fotos: Divulgação

Investimentos da Suzano na construção da nova planta são estimados em R$ 14,7 bilhões. A unidade será a maior do mundo com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A fase de obras está começando e a previsão de inauguração é 2024.

Transformação regional

A vida de Ribas do Rio Pardo já começou a mudar com a movimentação para construção da gigante.

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que, com o anúncio por parte da Suzano, Mato Grosso do Sul está recebendo o maior investimento privado do país atualmente, gerando impacto em muitos setores do Estado, principalmente para atender as demandas da indústria.

“A implantação da Suzano em Ribas do Rio Pardo vai transformar a região. A nossa quarta indústria de celulose no Estado além de gerar milhares de empregos no período de obra e quando estiver concluída, é o modelo de empreendimento sustentável que estamos fomentando para o nosso Estado, seguindo o conceito de indústria 4.0, com autossuficiência em energia limpa e outras práticas de ESG”, afirma o titular da Semagro.

Números gigantes: os R$ 14,7 bilhões de investimentos da Suzano devem resultar em R$ 19,492 bilhões na economia estadual, considerando os diversos setores afetados.

Os mais impactados são os que têm relação direta com o recebimento dos investimentos nessa primeira etapa como a Indústria de Transformação, que deve movimentar R$ 8,8 bilhões, e a Construção civil, com R$ 7,9 bilhões.

Para alimentar e abrigar toda a mão de obra, muitos outros setores sofreram impacto positivo, como é o caso dos transportes (R$ 533 milhões), Indústria extrativa (R$ 531 milhões), atividades imobiliárias e das empresas (R$ 522 milhões), Atividades financeiras R$ (364 milhões) e alojamentos (R$ 51,4 milhões).

Indústria em operação

Mato Grosso do Sul é atualmente o 1º no ranking de exportação de celulose do país. Também ocupa a 3º posição em área de florestas plantadas, com cinco municípios entre os 10 no ranking dos maiores produtores, além do melhor desempenho municipal em valor da produção do setor, em Três Lagoas.

Local que sediará o Projeto Cerrado. Fotos: Divulgação

Passada a fase de obras do Projeto Cerrado, a previsão é que indústria inaugure no início de 2024 e a produção de 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, represente 10% de toda a celulose produzida no Brasil. A unidade deve impactar em R$ 4,1 bilhões o faturamento do setor e Mato Grosso do Sul que já figura como um dos principais produtores de celulose, deve ver a demanda aumentar em 50%.

Vista aérea da área que abrigará o Projeto Cerrado. Fotos: Divulgação

O levantamento feito pela equipe da Semagro mostra ainda que, passada a fase de obras, pelo menos 15 setores serão diretamente impactados pela indústria em operação. Nesta fase, a maior movimentação econômica ficará com a Indústria de Transformação, com geração de valor bruto de produção estimado em R$ 4,6 bilhões.  Já, todos os setores unidos devem movimentar R$ 6 bilhões ao ano. O incremento no PIB estadual está estimado em 3% ao ano de produção, com valores de R$ 3,2 bilhões.

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