Na época, o parlamentar chegou a pegar 14 anos de reclusão, parte da sentença cumprida durante seu mandato na Câmara Municipal
A segunda vítima de execução a tiros nesta segunda-feira (27) na fronteira do Brasil com Paraguai, o empresário do ramo de pneus e ex-vereador em Ponta Porã, Joanir Subtil Viana, já havia sido condenado por tráfico de drogas, chegando a pegar 14 anos de reclusão, parte da sentença cumprida durante seu mandato na Câmara Municipal. Na época a defesa dele chegou a recorrer por conta da negativa de autoria, mas obteve apenas a redução da pena.
O episódio que chegou a circular na imprensa nacional por conta do vereador precisar dividir o tempo entre a câmara e o presídio, aconeceu em 2012. Indiciado pela polícia e condenado pela justiça, Joanir sempre negou atuação no tráfico e recorreu da sentença.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul não acatou totalmente o recurso e confirmou a sentença do juiz de primeira instância, mas reduziu a pena para oito anos em regime inicialmente fechado. Com a progressão de regime, ele passou a cumprir o restante da pena em regime semiaberto.
Câmara/Presídio
Com o novro regime, o então vereador às 6h, de segunda a sexta-feira deixava o semiaberto e seguia para a Câmara Municipal cumprir a regra da sentença e o mandato. Antes de 20h, retornava ao presídio semiaberto distante apenas 100 metros da Câmara Municipal onde dormia numa beliche em local com mais três internos.
Nos registros sobre Joanir consta apenas a passagem pela qual acabou condenado. Atualmente ele desenvolvia sua atividade empresarial constando ainda a propriedade de bens, entre os quais seis veículos de alto valor, o mais simples deles uma F-250. A Polícia Civil investiga o assassinato.
(*) Antonio Coca
