Pai e filho, que lideraram um ataque que deixou um homem em coma em Bataguassu, ganharam o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Lucas Domingues dos Santos, de 25 anos, e Fernando Santos Rocha, conhecido como São-paulo, de 46 anos, foram presos em 30 de agosto, cinco dias após o crime.
Conforme a investigação policial, eles são acusados de serem os líderes de um grupo de pelo menos oito pessoas que espancou violentamente Martins Barbosa da Silva, de 41 anos, no dia 25 de agosto.
Kelen Aparecida Domingues, de 47 anos, mãe de Lucas, o filho adolescente, R.D.S., de 15 anos, e a namorada de Lucas, Kezia Alexia de Mello Abreu, de 24 anos, também participaram das agressões.
Segundo o site Cenário MS, no depoimento prestado à polícia, as mulheres alegaram que estiveram presentes no local do espancamento, mas que não participaram das agressões. Kezia afirmou que desceu da moto do namorado e foi para dentro do carro, aguardar o fim do espancamento ao lado da sogra. Testemunhas, no entanto, dizem que as mulheres mentiram para evitar as prisões.
O adolescente R.D.S., então com 15 anos, irmão de Lucas e filho de Fernando e Kelen, também não foi preso, amparado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, durante a prisão de Lucas e Fernando, pertences da família foram apreendidos, incluindo uma bota que o adolescente calçava no momento do crime.
A investigação apurou que R.D.S. chutou e pulou diversas vezes sobre a cabeça da vítima, causando lesões severas e profundas que resultaram no coma e nas múltiplas fraturas cranianas.
Durante as investigações, um dos integrantes do grupo, o amigo dos criminosos, Kaique, conversou com o Jornal Cenário MS minutos antes de prestar depoimento sobre o seu envolvimento no crime. O jovem admitiu que fazia parte do grupo que “caçou” a vítima por cerca de duas horas pelas ruas de Bataguassu antes da tocaia no Bairro São Francisco.
Com a soltura de pai e filho, agora todos os envolvidos no Caso Martins estão em liberdade até o julgamento, que ainda não tem data para acontecer.
