As equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul estão desempenhando um papel crucial nas cidades gaúchas de São Leopoldo e Canoas, onde já resgataram mais de 900 pessoas e aproximadamente 200 animais.
Após mais de dois dias de intensa atuação em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, os bombeiros de MS estão operando em três equipes distintas desde às 23h de sábado (4), tendo já resgatado 154 pessoas e 193 animais.
Além disso, a aeronave do CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo) da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) também participou dos esforços de resgate, transportando 700kg de medicamentos para cidades do interior do Rio Grande do Sul. O helicóptero partiu de Campo Grande (MS) no fim de semana e, somente no domingo (5), auxiliou no resgate de cerca de 450 pessoas, e mais 300 foram resgatadas nesta segunda-feira (6).
Na sexta-feira (3), os bombeiros partiram de Campo Grande com destino a Montenegro (RS), mas durante o trajeto foram informados de que o acesso terrestre estava impedido devido às enchentes. Assim, a equipe foi direcionada para atuar em São Leopoldo (RS), a mais de 1,7 mil km de distância.
O capitão Rodrigo Bueno, comandante da Força Tarefa do CBMMS, relatou ao Cenário Ms a intensidade dos resgates: “Estamos atuando em um bairro muito populoso, com mais de 6 mil pessoas, chamado Campina, que está em colapso. Estamos resgatando pessoas com mobilidade reduzida, deficiência mental, muitas delas estão há muito tempo em cima do telhado, sofrendo com frio, fome e hipotermia”.
As cidades gaúchas de São Leopoldo e Canoas estão enfrentando sérias enchentes devido aos rios Sinos e Gravataí. Além disso, outras regiões do estado, incluindo partes da capital Porto Alegre, também estão submersas.
Até o momento, foram confirmadas 83 mortes em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, com outros quatro óbitos em investigação. O estado registra 111 pessoas desaparecidas, 345 municípios atingidos pelas chuvas e mais de 850,4 mil pessoas afetadas. Há 21.957 desalojados, 19.368 temporariamente em abrigos e 276 feridos.
