Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) cujos gabinetes estão sob investigação da Polícia Federal, acusados de venda de sentenças, têm sido alvos de queixas de advogados que atuam nos tribunais superiores em Brasília.
Segundo esses profissionais, os ministros Nancy Andrighi, Isabel Galotti e Og Fernandes, embora possuam reputação ilibada, cometem um erro ao delegarem a assessores a tarefa intransferível de receber advogados em despachos relacionados a processos.
Conforme divulgado pelo jornalista Cláudio Humberto do Diário do Poder nesta última quinta-feira (10) Esses assessores, agora sob suspeita, são acusados de abusar da confiança dos ministros, negociando com litigantes minutas de sentenças que, posteriormente, seriam assinadas pelos próprios magistrados.
A investigação policial que revelou o esquema teve início após a perícia no celular de um advogado assassinado em Cuiabá, que fazia parte da rede criminosa.
Embora seja comum que advogados e procuradores sejam recebidos em despachos para discutir casos, alguns magistrados preferem evitar essa prática, por considerarem cansativa.
No momento, um procedimento preliminar está em curso, o que tem garantido a blindagem dos suspeitos contra eventuais mandados de prisão ou de busca e apreensão.