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domingo, 6 de julho de 2025

Visita é o presente mais esperado no asilo

24/12/2005 09h57 – Atualizado em 24/12/2005 09h57

Diário Web

Dos 130 idosos que moram no Asilo de Schmitt, apenas 10 passarão o Natal na casas de parentes e dos filhos. Segundo a assistente social Marilza Mulatti, que é gerente administrativa da entidade, a maioria das famílias não tem condições de cuidar dos idosos e nem mesmo de visitá-los, e por isso eles acabam esquecidos no asilo. A extrovertida Dulce Kush, 78 anos, está no asilo há quase 12 anos. Tem uma filha e um neto que vivem na França. E há cinco meses não tem notícias deles. Neste Natal, ela promete dançar muito e paquerar bastante ao lado dos amigos do asilo. “Estou num lugar maravilhoso, sou bem tratada. Antes as pessoas vinham perto de mim por causa do meu dinheiro e agora que sou pobre, elas vem por causa da minha alegria. Na noite de Natal vou pedir para Deus, que ele dê muita saúde a minha filha e ao meu neto. Hoje estamos separados, mas se Deus quer assim, nós temos que respeitar. Mas sinto muita saudades deles”, diz Dulce. Outro morador do asilo e companheiro de Dulce, o senhor Alceu Lopez Esteves, 64 anos, está no asilo desde julho de 2005. Divorciado, tem três filhos e parou no segundo ano de Direito, diz que não gosta do Natal, porque sente muita saudades dos filhos que estão longe. AmiccDois adolescentes passarão o Natal longe de suas casas, Sadrack Silva Soares, de 17 anos e Fábio Friani Rocha, de 13 anos estão hospedados na Associação de Amigos da Criança com Câncer (Amicc), pois estão em tratamento no Hospital de Base (HB). Soares mora em Vitória, no Espírito Santo e está na associação há 2 meses e meio, pois fez um transplante de medula. “Estou muito triste, queria estar junto do meu pai, das minhas irmãs, mas acho que eu só vou embora depois do Ano Novo. Na noite de Natal, eu vou ficar assistindo televisão, porque não tenho outra coisa para fazer”, diz. A mãe do adolescente está com ele na associação. “Ele está mais triste ainda, porque nasceu um sobrinho dele há 2 meses, e ele ainda não o conheceu”, diz Telma Silva Soares. O adolescente Fábio, que está na associação há quatro meses, está contando os dias para ir embora, mas infelizmente na última terça-feira amanheceu com febre alta e está tendo que tomar antibiótico. “Tenho três irmãos e meus pais também estão lá em Vitória, se eu melhorar até o Natal, com certeza vou passar o Ano Novo com eles”, diz Rocha. Sandra Friani Rocha está acompanhando o irmão, e disse que, embora esteja com saudades de toda família, é melhor que o irmão esteja bem para ir viajar.

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