04/06/2004 08h51 – Atualizado em 04/06/2004 08h51
O ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira foi condenado a 120 anos e seis meses de prisão esta noite pelas três mortes ocorridas numa sala de cinema do shopping center Morumbi, em São Paulo, em 1999. O júri desconsiderou a tese da defesa, que tentou qualificar Meira como semi-inimputável, sem total consciência da gravidade de seus atos. Logo após a sentença, o advogado de defesa, Sérgio Reis, entrou com um pedido de novo julgamento.
Apesar da decisão do júri e de a sentença ser confirmada em novo julgamento, Meira só deverá cumprir 30 anos de prisão, a pena máxima permitida pela legislação brasileira.
O promotor Norton Geraldo Rodrigues havia pedido pena máxima para o ex-estudante, que totalizaria 290 anos de prisão. Durante todo o julgamento, ele descartou a tese da defesa de que o ex-estudante tem problemas mentais. Após o veredito, disse, segundo a rádio CBN, que o júri havia tomado a “a decisão que toda a sociedade esperava”. “O crime foi reprimido da forma como deveria”, afirmou.
Rodrigues lamentou que o réu só vá cumprir no máximo 30 anos da pena: “Esperamos que isso mude um dia”. Já o advogado de defesa anunciou que nos próximos dois anos Meira deverá ser levado a novo julgamento.
Carina Jatobá, filha de uma das vítimas, Luísa Jatobá, afirmou que sua família ficou satisfeita com o resultado do julgamento. Assim como o promotor, ela se mostrou indignada pela pena máxima que Meira vai cumprir seja de 30 anos. “A gente fica muito indignada por saber que um assassino que tirou a vida de três pessoas poderá estar na rua em 25 anos”, disse.
Em novembro de 1999, durante uma sessão do filme Clube da Luta, o ex-estudante de medicina atirou com uma submetralhadora contra a platéia do cinema, matando três pessoas e ferindo outras quatro.
Fonte:Terra
