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quinta-feira, 18 de abril de 2024

ARTIGO: Gestão Escolar x Formação contínua do professor

03/10/2013 14h19 – Atualizado em 03/10/2013 14h19

Gestão Escolar x Formação contínua do professor

Márcia Regina Martins Bartels

A formação contínua do professor é de fundamental importância para o trabalho desenvolvido na instituição escolar. Aliado a esse contexto está o gestor que deve ser alguém que com empreendedorismo articula e motiva sua equipe a estudar, refletir e discutir suas especificidades no coletivo para então desfrutar de um ambiente escolar mais saudável e, consequentemente, alcançar resultados satisfatórios de maneira prazerosa e com excelência de qualidade.

Para o autor português Antonio Nóvoa, em Formação de Professores e Trabalho Pedagógico (2002), o aprender contínuo é essencial e se concentra na busca da própria pessoa, como agente, e na escola, como lugar de crescimento profissional permanente.

Uma gestão democrática e empreendedora permite que o profissional da educação torne-se intelectual transformador, criando condições, na prática educacional, que propiciam o fortalecimento do poder do professor, intervindo na constituição de um profissional reflexivo de suas circunstâncias e criador de um novo conhecimento.

Ao construir e desenvolver um programa de formação continuada, alguns pressupostos precisam ser considerados:

  • articulação entre trabalho individual e coletivo;

  • integração de teoria e prática;

  • valorização dos conhecimentos e práticas dos participantes;

  • clareza quanto aos pontos de saída e de chegada.

O eixo que integra esses pressupostos deve ser o projeto pedagógico da escola. Buscar na teoria o suporte para a leitura da prática, modificar em função da teorização e colocar-se num processo de escuta e aprendizado permanentes são elementos canalizadores do processo pedagógico desenvolvido na escola, na sala de aula e base para a formação continuada. Os conteúdos, objetivos e metodologias dessas atividades de formação devem incitar os professores a repensar suas práticas, objetivando a melhoria de seu trabalho, a construção de novas relações pedagógicas e de organização escolar capazes de contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem dos alunos.

Ensinar e aprender estão na base do trabalho docente de forma inquestionável. Portanto, o ensinar e o aprender, antes generalizados nas práticas sociais amplas, com o surgimento de educação escolar, adquirem contornos e conteúdos próprios que passam a caracterizar uma especificidade do trabalho do professor: ensinar/aprender.

A compreensão sobre a identidade do professor passa, sem dúvida, por um levantamento das necessidades do profissional, uma reflexão sobre elas e, se possível, por uma descoberta de caminhos para que possam ser superadas.

Nóvoa (1997) afirma que falar da formação contínua de professores é falar da criação de redes de (auto)formação participada, que permitam compreender a globalidade do sujeito, assumindo a formação como um processo dinâmico e de interação.

A identidade do professor se constrói a partir de sua história de vida, da sua visão de mundo, e sobretudo dos seus sonhos. O componente mais importante da identidade do professor é a possibilidade do mesmo ser autor e ator da sua prática cotidiana.

Márcia Regina Martins Bartels é Consultora Educacional da FDT Sistema de Ensino.

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