11/04/2018 13h47
Advogado da escola de aviação civil diz que avião Cessna 150 perdeu o equilíbrio, saiu da pista e o trem de pouso foi danificado
Redação
Uma instrução de arremetida, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, quase acabou em tragédia na noite desta terça-feira (10). O piloto de 40 anos estava com a aluna em treinamento, de 24 anos, quando simulava tocar o solo e, antes de encostar, atropelou uma capivara na pista, segundo o advogado da escola de aviação civil, Humberto Figueiró.
O G1 entrou em contato com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e foi informado que as investigações estão em andamento.
“A arremetida é um procedimento padrão e sorte que o piloto é muito capacitado e impediu um acidente mais grave. Logo após o sinistro, ele manteve o curso da aeronave. Para um avião de pequeno porte e uma capivara de médio porte, é como se fosse uma parede de concreto e mortes poderiam ter ocorrido”, afirmou o advogado.
No local, ainda conforme Figueiró, circulam grandes aviões e por isso é necessário tal preparação. “O plano de voo tinha sido informado, tudo foi feito corretamente. Foi no momento em que a aluna estava aprendendo a simulação de um objeto na pista, algo muito comum no tráfego. Depois do que ocorreu, retiraram a capivara sem realizar perícia”, argumentou.
Conforme a advogado, o avião Cessna 150 perdeu o equilíbrio, saiu da pista e o trem de pouso foi danificado. As vítimas saíram ilesas do acidente. Nesta manhã (11), equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estão no local realizando levantamentos.
Segue a nota na íntegra da Infraero:
A Infraero informa que as investigações sobre a ocorrência envolvendo a aeronave PR-WDB estão a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e que a empresa está colaborando com os trabalhos.
A pista do Aeroporto de Campo Grande chegou a ficar fechada entre ficou 19h42 às 20h12 do dia 10/04 após o pouso da aeronave em questão, mas sem causar impacto às demais operações do aeroporto.
Sobre o relato de que o incidente teria sido causado pela presença de uma capivara, a Infraero informa que o Aeroporto de Campo Grande conta com medidas visando à prevenção e mitigação de ocorrências com fauna, realizadas por meio de seu Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF), que estabelece procedimentos permanentes, sazonais e eventuais, incorporados à rotina operacional do aeroporto.
Entre as ações adotadas, são realizadas vistorias periódicas na área operacional do aeroporto para monitoramento de fauna, especialmente de aves, e de fatores do ambiente que as atraem; ações de controle da vegetação, visando à redução da atratividade do ambiente para a fauna; e a promoção de campanhas de conscientização internas e externas sobre o risco da fauna e formas de prevenir a atração da fauna no aeroporto e seu entorno.
Além disso, todas ocorrências relacionadas ao tema são reportadas ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e, quando observada a presença ou aglomeração de animais em áreas externas ao sítio, que possam causar interferência nas operações do aeroporto, a Infraero comunica os órgãos locais responsáveis para a adoção das ações necessárias.
*G1