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quinta-feira, 18 de abril de 2024

BR 262 continua a fazer vítimas fatais; DNIT atribuiu má conservação à burocracia

04/10/2017 13h40

BR 262 continua a fazer vítimas fatais; DNIT atribuiu má conservação à burocracia

Indiferente à burocracia, constantemente ocorrem acidentes na rodovia. Em 2016 foram registrados 278 com oito mortes, enquanto em 2017, aconteceram 174, com seis vítimas fatais.

Ricardo Ojeda e Flávio Veras

Diante de tantos acidentes, inclusive com vítimas fatais na BR 262, o Perfil News conversou com o engenheiro chefe da unidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, e com o inspetor-chefe da delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Três Lagoas, Carlos Gonzalez.

De acordo com Marinho, o atraso da conservação da rodovia, nos trechos que compreendem os municípios de Água Clara a Três Lagoas, deve ser por conta da burocracia. “Já foram feitas três licitações e todas as empresas interessadas não preencheram os requisitos exigidos, conforme determina a Lei. Porém uma quarta empreiteira conseguiu cumprir com todas as exigências para iniciar, imediatamente, a conservação dos trechos mais críticos. O contrato para a execução dos serviços foi assinado no dia 2 deste mês”, explicou.

EXPECTATIVA

Ainda conforme o engenheiro, a empresa vencedora do trâmite é a Pavdez, do Estado de Minas Gerais. A expectativa é que os trabalhos sejam iniciados já na próxima semana.

Uma pesquisa realizada pelo DNIT em fevereiro de 2016, apontou que, diariamente, trafegam na rodovia aproximadamente 3.600 veículos, entre eles carretas, caminhões, ônibus, utilitários, automóveis de pequeno porte e motocicletas.

OBRAS DE RECUPERAÇÃO

“Provavelmente, até o mês de abril de 2017, um consórcio composto por três empresas iniciará as obras de recuperação da malha viária nos trechos que compreendem Água Clara e Três Lagoas”, garantiu Marinho. Ele adiantou ainda que esse trabalho não irá aproveitar nada da estrutura atual da pista, pois será tudo refeito, inclusive para suportar veículos pesados como, as carretas que transportam madeiras para as fábricas de celulose.

Enquanto não acontecem essas melhorias na via, Marinho orientou aos motoristas que trafeguem com velocidade reduzida, principalmente nos trechos mais perigoso da via. “Dirigindo com cautela, poderá evitar muitos acidentes”, disse ele, que ainda desabafou mencionando que o DNIT, recebe muitas críticas da imprensa, das redes sociais, bem como dos usuários da pista. “Eu me sinto de mãos atadas devido à burocracia para contratar uma empreiteira.”

Ainda de acordo com o engenheiro, foi em 2005 a última vez em que houve uma obra de recuperação da rodovia. No entanto, a empreiteira parou no KM 71 devido à má qualidade do serviço executado na ocasião.

FATALIDADES

A pedido da reportagem, o inspetor-chefe da delegacia da PRF em Três Lagoas, Carlos Gonzalez, revelou que em 10 meses de 2017, já foram contabilizadas seis mortes na BR 262. Em todo o ano passado, foram oito vítimas fatais em 278 acidentes. Este ano o número de acidentes registrado atingiu 174 ocorrências.

“Considerando que os acidentes com mortos são pulverizados, ou seja, não há como saber o local específico em que aconteceram, não tem como elencar um trecho mais crítico. Contudo, a extensão viária onde mais acontecem acidentes do tipo, é o perímetro urbano de Três Lagoas, do km 4 ao 14”, concluiu.

Acidentes são registrados constantemente na BR 262, principalmente no trecho entre Três Lagoas a Água Clara (Foto: Corpo de Bombeiros)

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