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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Candidatos do concurso da Polícia Civil denunciam suposto vazamento de prova

09/09/2018 15h01

Ao menos 30 concurseiros foram até a delegacia registrar boletim de ocorrência

Redação

Os candidatos às vagas de escrivão e investigador da Polícia Civil denunciam o vazamento do conteúdo da prova de digitação que está acontecendo neste final de semana na Acadepol (Academia de Polícia), em Campo Grande.

Na tarde deste domingo (9), cerca de 30 concurseiros estiveram na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), da região Central, para registrar boletim de ocorrência.

Além do divulgação do conteúdo da prova, os candidatos também fizeram reclamações sobre diversos problemas técnicos ocorridos durante a aplicação do teste.

“Meu monitor piscou e meu texto sumiu. Depois eu fui ver que meu texto estava na página superior. Eu perdi tempo com isso”, relatou um dos candidatos, de 35 anos, que não quis se identificar.

“Tinham teclados estragados, velhos, e que mudavam as letras maiscúlas e minúsculas automaticamente. Quem não teve tempo para revisar, ficou com erros”, apontou outra estudante, que também preferiu não relevar seu nome.

Na delegacia, a advogada Helga Pereira, de 41 anos, era uma das que mostravam a prova vazada no celular.

“Eu fiz a prova hoje cedo, às 8h30 da manhã. Quando saí, abri meu celular e me deparei com fotos da prova em conversas do WhatsApp”, conta, indignada. “Tem candidatos fazendo essa prova desde ontem à tarde. Muita gente fez a prova depois de ter acesso a essas fotos”.

Frustradas com os ocorridos, algumas concurseiras choravam na delegacia. “Eu estou estudando há mais de um ano. Gastei mais de R$ 500 fazendo inscrições para três cargos. Treinei tanto que eu consigo digitar 1.100 caracteres em 5 minutos. É muito frustrante, fomos prejudicados demais. Meu teclado estava com problema, a prova vazou. É muito despreparo da banca”, disse uma candidata de 27 anos, que não quis relevar seu nome.

Os concurseiros dizem que, amanhã, vão procurar o Ministério Público para tomar providências cabíveis.

A reportagem entrou em contato com a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul (Fapems), responsável pela prova, por telefone e e-mail, e aguarda o posicionamento oficial da banca.

(*) Correio do Estado

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