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Três Lagoas
sábado, 20 de abril de 2024

CTG diz que determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico causou baixa do nível no Rio Sucuriú

Enquanto moradores culpam até os eucaliptos pelo recuo das águas, empresa confirma informação passada pelo Imasul em reportagem produzida ontem pelo Perfil News

Foram dois dias de especulações sobre o que teria acontecido às águas do Rio Sucuriú, que baixaram a olhos vistos, deixando o Balneário Municipal e atracadouros praticamente secos na cidade.

Após reportagens publicadas no Perfil News sobre a seca do Rio e as ações das autoridades a respeito do que teria acontecido, todo mundo tinha alguém para colocar a culpa.

CTG diz que determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico causou baixa do nível no Rio Sucuriú

“São os eucaliptos”, afirmaram alguns; “foram os chineses que abriram os vertedouros”, disseram outros. Todo mundo tinha uma opinião para dar sobre o sumiço da água (veja comentários na imagem).

E o que aconteceu, então?

Em reportagem publicada ontem, 5, a chefe do escritório regional do Imasul em Três Lagoas, Délia Javorka, afirmou ter recebido uma mensagem do Diretor Presidente do Imasul, André Borges Barros de Araújo, a respeito da situação. Segundo essa mensagem, a ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) seria “produzir o máximo possível de energia pelo período de escassez”, o que causaria impactos no nível de água dos reservatórios.

Na manhã de hoje, 6, a CTG Brasil enviou nota confirmando a versão do Imasul. Segue abaixo, na íntegra:

A CTG Brasil informa que a redução temporária do nível do reservatório da UHE Jupiá está relacionada a determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para preservar maior volume de água nos reservatórios de acumulação a montante da usina. Essa ação está sendo implementada pelo ONS na tentativa de minimizar os efeitos da forte estiagem evidenciada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil desde 2019 e garantir a segurança energética do País.

Considerando esse cenário e seguindo determinação do ONS, a UHE Jupiá opera atualmente com vazão reduzida, liberando a quantidade mínima de água para garantir a preservação ambiental a jusante da usina. O nível do reservatório encontra-se dentro da faixa de operação autorizada pelos órgãos ambientais e regulatórios.A Empresa ressalta ainda que a operação da UHE Jupiá e de todas as usinas hidrelétricas do País é coordenada pelo ONS, tanto no que se refere à geração de energia quanto ao controle do nível dos reservatórios. Essa operação leva em consideração diversos fatores, como o usos múltiplos e os níveis dos demais reservatórios do País.

Ainda conforme publicado ontem pelo Perfil News, o Imasul prepara notificações para o Ibama, a Aneel e a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre os impactos ambientais que esse tipo de operação está causando na região.

“Não podemos deixar isso passar em branco. A ONS precisa saber que essas reduções de volume e aumento da produção de energia têm um custo ambiental. E quem vai pagar essa conta?”, questionou Délia.

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